Com o objetivo de discutir a prevenção e o combate ao feminicídio, a Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) e a Casa da Mulher Alagoana participaram de audiência pública na Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (11).

O objetivo do encontro foi fazer uma análise de como estão as políticas públicas de enfrentamento ao feminicídio, além de firmar um compromisso entre todos os órgãos presentes para trabalhar em conjunto para proteger a mulher, encerrando o ciclo de violência antes de chegar ao ápice da violência que é o assassinato de mulheres.

A juíza Eliana Machado, coordenadora da Mulher do TJAL, e as magistradas integrantes da Coordenadoria, Natália Castro e Luana Freitas, além da diretora da Casa da Mulher alagoana, Paula Lopes, estiveram presentes no encontro.

Eliana Machado pontuou a importância de unir os atores sociais de combate à violência para melhorar os serviços oferecidos e proteger, efetivamente, a mulher.

“Viemos discutir essas políticas públicas e verificar com os atores das entidades, Ministério Público, Judiciário, Delegacias, como cada um pode atuar no combate à violência contra a mulher, em especial à escalada da violência até o feminicídio”, disse.

Prevenção

A diretora da Casa da Mulher alagoana ressaltou que o principal interesse nesse momento é conversar sobre a prevenção, aplicação de políticas públicas, educação e reeducação dos agressores.

“Quando falamos em prevenção, estamos falando de educação de meninos, meninas e também de uma sociedade com um pensamento mais igualitário, que trata a mulher respeitando seus direitos. Quando investimos em prevenção, palestras e orientações, estamos, de fato, diminuindo os índices de violência contra a mulher”, enfatizou.

Thaise Lima foi vítima de violência doméstica. Ela conta que a Casa da Mulher alagoana foi a primeira porta que ela bateu e que se não fosse aquele primeiro acolhimento que recebeu, talvez não estivesse mais aqui.

“Lá em fiz o Boletim de ocorrência, tive atendimento com a psicóloga e ainda fui encaminhada para fazer um curso profissionalizante para ter minha independência financeira e deixar o homem que me agredia. Hoje sou outra mulher, empoderada e livre como toda mulher tem que ser”, falou a Thaíse durante a audiência.

A audiência pública foi de iniciativa do deputado estadual Ronaldo Medeiros. Ele destacou que a prevenção e a educação salvam vidas: “também precisamos colocar esse debate em sala de aula, para formar adultos livres de machismo e misoginia e que respeitem as mulheres”, falou.

Representantes do Ministério Público Estadual, Secretaria de Segurança Pública, Secretaria da Mulher e dos Direitos Humanos, Polícia Civil, Centro de Defesa e dos Direitos da Mulher (CDDM) e outras ONGs e órgãos de militância estiveram presentes na audiência.

 Dicom TJAL