Política

Max Beltrão comemora a liberação de novo tratamento para Hepatite C através do SUS

05/11/2015
O Ministério da Saúde anunciou na última semana o cronograma de entrega dos novos medicamentos adquiridos pelo Brasil no exterior para o tratamento da hepatite C, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). O Deputado Federal Marx Beltrão (PMDB – AL) utilizou suas redes sociais para comemorar a conquista. “Tenho acompanhado, através da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, da qual sou membro, a liberação, autorização e aquisição dos medicamentos para o tratamento da Hepatite C.”, explicou. “Essa é uma vitória importantíssima para os pacientes que sofrem de Hepatite C, e um tratamento relevante para as consequências graves trazidas pela doença, como a cirrose e o câncer de fígado”, disse. O tratamento prevê a utilização de uma combinação de antivirais de última geração, sufosbuvir, daclatasvir e simeprevir, para o tratamento da hepatite C crônico. O Distrito Federal já recebeu os primeiros lotes dos remédios sufosbuvir e daclatasvir, que serão entregues aos 26 estados até o início de novembro. Já o terceiro medicamento que compõe o tratamento, o simeprevir, será colocado na rede pública de saúde até dezembro. O investimento federal é de R$ 1 bilhão na importação dos remédios fabricados no Canadá, Estados Unidos e Holanda. “O tratamento apresenta uma taxa de cura de cerca de 90% - o dobro do que as obtidas pelas terapias atualmente utilizadas – e submete o paciente à ingestão de menos comprimidos por dia, sem a necessidade de medicamentos injetáveis e com muito menos efeitos adversos”, explicou Marx, “ou seja, uma terapia muito mais efetiva e menos desagradável para o paciente.” Segundo o parlamentar, o tratamento ainda prioriza o fornecimento desses medicamentos aos pacientes em fases mais avançadas da doença ou em condição que demande assistência imediata, como casos de coinfecção HCV/HIV, em manifestações extra-hepáticas, insuficiência hepática, pré e pós-transplante de fígado. A hepatite C mata entre 350 mil e 700 mil pessoas por ano no mundo. No Brasil, estima-se que a doença acometa cerca de 1 milhão e 400 mil pessoas no Brasil, porém apenas 120 mil casos foram confirmados. O tratamento da doença começou no Brasil há 13 anos. Até 1993 não havia diagnóstico da doença no país, cujos sintomas podem demorar até 20 anos para se manifestar. As formas de transmissão da hepatite C são por transfusão de sangue contaminado, o uso de drogas injetáveis, tatuagens e hemodiálise. Foram realizados 15.821 tratamentos pelo SUS em 2015. O sistema já cadastrou 11 mil pessoas como potenciais pacientes do novo modelo de tratamento, seguindo os critérios de classificação definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).