Política

Collor celebra memória do fundador das Organizações Globo

30/10/2015
Ao homenagear, nesta quinta-feira (29), os profissionais agraciados com o Prêmio Jornalista Roberto Marinho de Mérito Jornalístico, o senador Fernando Collor (PTB-AL) celebrou a memória do fundador das Organizações Globo. “Neste momento em que escasseiam os verdadeiros líderes, em que lideranças inconsequentes parecem perder de vista seu compromisso com o interesse público, em que as disputas intestinas dilaceram toda uma nação, interessa-me, sobretudo pelo resgate da obra, realçar o homem”, disse Collor. Lembrando a luta iniciada em 1925, quando Roberto Marinho enfrentou a morte repentina do pai e assumiu o desafio de levar adiante o jornal O Globo, então impresso numa rotativa alugada no Largo da Carioca, Collor sublinhou o sucesso histórico hoje alcançado por esse empreendimento. E disse que ele poderia ter sido apenas “mais um vespertino entre os muitos que se transformaram apenas em memória, mas não foi. E é exatamente nesse ponto que se percebe o significado para a História da Imprensa, no Brasil, do jornalista Roberto Marinho”. De acordo com Fernando Collor, “sem o véu da ideologia, não se teria formado um dos maiores conglomerados de comunicação do mundo”. Em sua opinião, os que criticam Roberto Marinho quase sempre o fazem por seus méritos empresariais, porque teve senso de oportunidade e soube aproveitar todas as chances que lhe foram apresentadas. - Para levar o jornal, que havia herdado do pai, a um nível de qualidade que era, até então, desconhecido, fez uso de estratégias de financiamento, apostou nas histórias em quadrinhos e no mercado imobiliário, para acumular os recursos necessários para o pioneirismo gráfico e editorial, que seriam a marca da publicação. O senador também lembrou que, em 1965, quando já tinha 61 anos, Roberto Marinho se lançou no imenso desafio de fazer instalar a TV Globo do Rio de Janeiro. Recordou ainda que, em 1969, entrou no ar o Jornal Nacional, primeiro telejornal brasileiro em rede nacional, síntese do padrão de qualidade do que conhecemos hoje como Central Globo de Jornalismo. - O resto... bem, o resto, sabemo-lo bem, faz parte da história e da memória afetiva de cada um de nós. Não há como falar ou pensar no Brasil dos últimos 50 anos – e, particularmente, no jornalismo brasileiro – sem que reconheçamos ali a presença ubíqua e incontornável do Sistema Globo de Comunicação. E por trás do noticiário de O Globo, por trás da bancada do Jornal Nacional, por trás das transmissões radiofônicas da CBN, por trás das imagens da Globo News, a memória viva da presença sóbria, polida e gigantesca do jornalista Roberto Marinho - afirmou ainda Collor.