Política
A pedido do MPE/AL, Justiça afasta prefeito de Japaratinga
09/10/2015
Locação de veículos
Do que já foi apurado, o MPE/AL constatou que há irregularidades na execução do contrato firmado entre a Prefeitura e a locadora, a começar pela quantidade de veículos disponibilizados pela empresa, em número inferior ao contrato. Segundo os promotores a Prefeitura também omitiu o número de carros contratados, entre eles o veículo utilizado próprio prefeito, que possui as mesmas características de uma das unidades previstas no acordo. De acordo com o MPE/AL, apenas um veículo pertence de fato à locadora. Todos os outros são de terceiros, o que caracteriza subcontratação dos serviços de locação. Alguns dos carros pertencem ao presidente da Câmara Municipal de Japaratinga, Otávio Severino da Silva Júnior, ao cunhado do prefeito, Marcos Paulo Marques de Souza, e à esposa do chefe do Executivo Municipal, Ana Karollyni Marques de Souza. A situação se agrava porque os veículos disponibilizados pelos dois primeiros são, segundo os promotores, “velhos e extremamente usados”. “Tratam-se de dois ônibus utilizados no transporte de estudantes, em absoluto desrespeito com a infância e juventude local, porquanto contem 19 e 23 anos, respectivamente, inclusive violando uma das cláusulas do contrato, que prevê a disponibilização de veículos com até sete anos de fabricação”, destacam os membros do Ministério Público Estadual.Nepotismo
Para os promotores, os veículos locados junto ao cunhado e à esposa do prefeito caracterizam nepotismo, que se torna cruzado quando considerada a subcontratação da unidade do presidente da Câmara de Vereadores. A prática vai ao encontro da representação da vereadora Cícera Maria, que também denunciou a nomeação de familiares de prefeitos e de parlamentares junto ao Município, a exemplo do sogro do gestor, José Marques Pereira Filho, atual secretário municipal de Transportes, após ser motorista da Prefeitura e de ônibus escolar. No contrato com a locadora, consta ainda a disponibilização de motoristas para os veículos, sendo que seis deles são servidores remuneradores pelo próprio Município, e não pela empresa contratada. O Ministério Público também suspeita que a Prefeitura esteja arcando com os custos do combustível no lugar da empresa, que possui a obrigação prevista em contrato.Últimas notícias
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