Geral

HGE salva a vida de advogada e assegura a sua participação na cerimônia de Crisma e Primeira Eucaristia dos filhos

07/12/2025
HGE salva a vida de advogada e assegura a sua participação na cerimônia de Crisma e Primeira Eucaristia dos filhos
Fotos: Thallysson Alves / Ascom HGE

Thallysson Alves 

O que começou como uma pequena mancha na coxa esquerda quase custou a vida da advogada Aracheli de Oliveira Fonseca Rocha, 48 anos. Em poucos dias, o que ela acreditava ser apenas o início de uma virose, somada à sua psoríase, evoluiu para uma infecção grave, silenciosa e agressiva, que foi devidamente tratada pelo Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió. A atuação do hospital possibilitou que Aracheli participasse de celebrações na Igreja Católica, onde seus filhos receberam os sacramentos do Crisma e Primeira Eucaristia.

“Eu comecei a sentir uns sintomas de que fosse acontecer comigo uma virose. E aí eu não dei muito valor... Eu comecei a perceber que tinha na minha pele uma mancha vermelha. Eu tenho diagnóstico de psoríase e tenho algumas lesões que são típicas da doença, mas essa lesão avermelhada não era comum. Nisso, eu fui para uma reunião e quando voltei a parte interna da minha coxa esquerda estava com uma lesão enorme, gigante, muito dolorida. Uma lesão do tamanho de uma laranja se tornou maior que um melão”, recorda Aracheli.


Após ser assistida pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jacintinho, a Central Estadual de Regulação a transferiu para o HGE, referência no atendimento a casos de urgência e emergência de média e alta complexidade. Foi no maior hospital vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) que a advogada recebeu o diagnóstico de sepse, uma resposta extrema do organismo a uma infecção, e iniciou um tratamento decisivo que salvou a sua vida.

“Foi uma coisa bastante séria, com risco de morte ou então com risco de lesão permanente. Mas, para a minha surpresa, pois eu fui ao HGE bastante desconfiada com o atendimento que iria receber, fui muito bem assistida, muito bem tratada, não me faltou nada! A minha evolução foi surpreendentemente boa. Eu precisei de um curativo à vácuo para poder acelerar a cicatrização da minha pele, um serviço que eu sei que é caro e poucos hospitais oferecem”, acrescentou ela, que é mãe, casada e reside na capital alagoana.

O tratamento de Aracheli envolveu antibióticos, procedimentos cirúrgicos (como o desbridamento) para controle da infecção e a atuação conjunta do Serviço de Atenção de Pele e Feridas (SAPF), responsável pela aplicação do curativo a vácuo. Essa é uma tecnologia que acelera o processo de cicatrização, reduz o risco de novas infecções e melhora a recuperação de tecidos comprometidos.

“Eu achava que ia sair com três dias, mas não foi o que aconteceu. Estava preocupada, pois queria ir à Crisma da minha filha, após dois anos de preparação, e à Primeira Eucaristia do meu filho. Eu contava os dias com o meu esposo, pedindo a Deus para conseguir ir. Até que teve uma hora que eu disse: Sabe de uma coisa? Eu vou entregar a Deus, eu vou entregar a minha Nossa Senhora, porque eu tenho que sair daqui boa e, então, eu fui agraciada com a minha alta”, resumiu a mãe como estava o seu coração durante o tratamento.


Aracheli pôde comparecer na Primeira Eucaristia de seu filho, um momento que para ela é de grande alegria, uma emoção que gerou lágrimas. Ela recorda que agradeceu muito durante a cerimônia, por estar ali, porque em um momento pensou que não conseguiria viver esse dia. Contudo, ela destaca a sua gratidão a Deus, a Nossa Senhora e aos profissionais que restabeleceram a sua saúde.

“O SUS me devolveu a vida e também um dos momentos mais importantes da minha história. Hoje, eu deixo o meu humilde obrigado pela minha vida e por ter essa lembrança tão especial. Agora, eu sei que aquela mancha era um aviso, e que procurar ajuda cedo fez, e faz, toda a diferença. Se não fosse a atenção que recebi, eu não estaria aqui para contar essa história”, concluiu a mãe de família.

O caso reforça a importância da atenção rápida aos sinais do corpo, do acesso a serviços públicos de qualidade e do trabalho incansável das equipes que, todos os dias, mudam destinos dentro do hospital. O diretor médico do HGE, Miquéias Damasceno, pede que todos os cidadãos não deixem de procurar atendimento médico assim que perceberem que algo possa estar errado com a própria saúde.


“O melhor é manter a regularidade dos check-ups com a Atenção Básica, pois há doenças que são silenciosas e quando demonstram um sintoma, elas já estão em um estado mais avançado. Entretanto, especificamente sobre o caso dessa paciente, eu posso afirmar que a agilidade para o correto diagnóstico e início foi determinante para salvar a vida dela. Ela chegou, as nossas equipes estavam qualificadas para atuarem de forma integrada e executaram o tratamento adequado. Isso é mais uma prova do impacto que o SUS tem na vida das pessoas. Cada alta é uma vitória conjunta”, completou o diretor médico do HGE