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Altas temperaturas e a importância da hidratação: por que o calor extremo exige novos cuidados com a saúde
As ondas de calor que atingem o Brasil têm se tornado cada vez mais intensas e frequentes, e seus impactos na saúde são imediatos. Com temperaturas recordes, crescem os casos de tonturas, quedas de pressão, desidratação, câimbras, arritmias e até internações por estresse térmico.
O médico Djairo Araújo, com atuação em Nutrologia e Medicina Esportiva, explica que a hidratação se tornou um dos pilares mais importantes da prevenção durante o calor extremo. Em altas temperaturas, o corpo perde água mais rapidamente devido à sudorese, à vasodilatação e ao esforço cardiovascular. Quando essas perdas não são repostas, instala-se a desidratação, que compromete o metabolismo, o equilíbrio de eletrólitos e o funcionamento de órgãos como cérebro, rins e coração.
Pesquisas publicadas em The Lancet e Nature Climate Change mostram que ondas de calor aumentam a incidência de exaustão pelo calor, insolação, arritmias, desidratação moderada a grave e lesões renais agudas, principalmente entre idosos e pessoas vulneráveis.
“Muitos sintomas comuns no calor — como cansaço, mal-estar e sonolência — são sinais de desidratação. No calor intenso, desidratar não é difícil; difícil é perceber quando isso já começou”, afirma Araújo. O calor também reduz a disposição, prejudica o sono e compromete o rendimento físico e mental.
Para se proteger, o médico recomenda aumentar a ingestão de água — cerca de 35 a 45 ml por kg de peso corporal por dia, podendo ser maior para quem treina ou trabalha ao ar livre — e repor eletrólitos quando houver suor excessivo ou atividades prolongadas. Evitar exercícios entre 10h e 16h, reduzir álcool e cafeína, prestar atenção a sinais de alerta como urina escura, tontura, taquicardia, boca seca e fraqueza, e redobrar cuidados com idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas são medidas importantes para prevenir complicações.
Com a previsão de ondas de calor cada vez mais frequentes, especialistas alertam que a hidratação preventiva salva vidas, reduz internações e deve ser reforçada em escolas, academias, ambientes de trabalho e eventos esportivos.
O calor extremo é um desafio crescente de saúde pública, e hidratar-se de forma constante e consciente é uma das formas mais eficazes de proteger o organismo. “Cuidar da hidratação é cuidar do corpo como um todo. Nos dias de calor intenso, esse cuidado precisa ser redobrado”, conclui Djairo Araújo.
Fonte: Comunique – Assessoria e Marketing Médico