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Reunião do Grupo de Trabalho de Arborização Urbana marca início da construção do Plano Estadual
Cauê Rinaldo
A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) realizou, nesta sexta-feira (05), a primeira reunião do Grupo de Trabalho responsável pela elaboração do Plano Estadual de Arborização Urbana de Alagoas. Conduzido pelo secretário Judson Cabral, o encontro marca o início oficial de um processo coletivo que irá orientar políticas públicas de ampliação da cobertura vegetal urbana, melhoria da qualidade ambiental e adaptação das cidades aos efeitos das mudanças climáticas.
“Estamos iniciando um trabalho estruturante para o futuro urbano de Alagoas. Nosso objetivo é construir um plano que ofereça suporte técnico aos municípios, reduza desigualdades socioambientais, amplie áreas verdes e prepare nossas cidades para os desafios climáticos que já fazem parte do nosso cotidiano. Arborização urbana é saúde, bem-estar e planejamento territorial”, afirmou o secretário Judson Cabral.
A reunião contou com a participação de representantes do MDA, Sesau, Seagri, IMA, CAU/AL, Crea/AL, Sindaçúcar/AL, AXIA Energia, Instituto Terra Viva, Associação Nordeste, Anamma, Ufal, Fapeal, USP e Unesp, reforçando o caráter multidisciplinar necessário à construção do plano. A troca de experiências entre órgãos técnicos, setor produtivo, instituições acadêmicas e entidades profissionais fortalece o processo de elaboração e consolidação das diretrizes que serão adotadas pelo Estado.
O Plano Estadual de Arborização Urbana nasce como um instrumento estratégico para orientar ações de expansão de áreas verdes, qualificação de calçadas sombreadas, aumento da permeabilidade do solo, mitigação de ilhas de calor, redução de riscos de enchentes e melhoria do conforto térmico. O foco central é reduzir desigualdades históricas entre bairros mais e menos arborizados, ampliando o acesso da população a ambientes saudáveis, áreas de lazer e espaços verdes qualificados.
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Entre as referências discutidas pelo grupo está a metodologia da Regra 3:30:300, já utilizada em estudos nacionais e internacionais, que recomenda metas de fácil entendimento e alto impacto: permitir que as pessoas vejam árvores de suas casas; garantir ao menos 30% de cobertura vegetal por bairro; e assegurar que todas as residências estejam a no máximo 300 metros de uma área verde pública. Essa abordagem tem sido associada à melhora da qualidade do ar, redução de temperaturas urbanas, promoção de saúde e fortalecimento da resiliência climática, especialmente em regiões de maior vulnerabilidade.
O encontro também definiu encaminhamentos técnicos e institucionais que nortearão as próximas etapas do GT ao longo de 2026, incluindo levantamento de dados, alinhamento metodológico e construção colaborativa das diretrizes que serão apresentadas aos municípios.