Geral
Em um ano, 157 mil alagoanos deixam a pobreza
Alagoas tinha, no ano passado, 40,9% de sua população em situação de pobreza – quando o rendimento domiciliar per capita é inferior a US$ 6,85 PPC por dia (R$ 694 por mês), segundo parâmetros do Banco Mundial.
Esse percentual recuou 4,9 pontos percentuais em relação a 2023 (45,8%), o que significa que aproximadamente 157 mil alagoanos deixaram a condição de pobreza no período. Os dados integram o capítulo “Padrão de Vida e Distribuição de Rendimentos” da Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgada pelo IBGE.
O indicador segue em trajetória de melhora no estado desde 2022, após ter alcançado um dos níveis mais elevados em 2021 (60,3%), durante a pandemia de Covid-19.
A extrema pobreza também apresentou queda significativa em Alagoas. A parcela da população com rendimento inferior a US$ 2,15 PPC por dia (R$ 218 por mês) reduziu de 8,7% em 2023 para 6,8% em 2024, o que representa aproximadamente 61 mil pessoas que deixaram essa condição.
Programas sociais evitam triplicar a extrema pobreza em Alagoas
A pesquisa mostra que, sem os benefícios dos programas sociais, a situação do estado seria drasticamente pior. Em 2024, a taxa de extrema pobreza em Alagoas teria sido 13,4 pontos percentuais maior, passando de 6,8% para 20,2%. A proporção de pobres também subiria expressivamente: de 40,9% para 48,4% da população.
No cenário nacional, a manutenção dos valores do Bolsa Família acima dos níveis pré-pandemia foi determinante para a queda simultânea da pobreza e extrema pobreza. Além disso, o dinamismo do mercado de trabalho fortaleceu a tendência de redução, especialmente entre os pobres, cujo rendimento está mais diretamente ligado à renda do trabalho. Já no caso dos extremamente pobres, o impacto dos benefícios sociais é mais expressivo.
Nordeste tem maior redução de pobreza entre as regiões
Entre as grandes regiões do país, o Nordeste apresentou a maior queda anual na proporção de pobres segundo a linha de US$ 6,85 por dia: de 47,2% em 2023 para 39,4% em 2024 – um recuo de 7,8 pontos percentuais. No outro extremo, o Sul registrou em 2024 a menor proporção de pobres: 11,2%.
No Brasil, a tendência também foi de melhoria. A população em situação de pobreza recuou de 27,3% para 23,1% entre 2023 e 2024, o que representa 8,6 milhões de pessoas a menos. Assim como em Alagoas, é o terceiro ano seguido de queda após o pico de 36,8% em 2021. Já a extrema pobreza passou de 4,4% para 3,5%, uma redução de 1,9 milhão de pessoas.
Sobre a pesquisa
A Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2025 reúne informações sobre as condições de vida da população brasileira, estruturadas em três eixos complementares: Estrutura econômica e mercado de trabalho; Padrão de vida e distribuição de rendimentos; e Educação.
A edição também aborda temas específicos, como grupos ocupacionais, características das pessoas idosas no mercado de trabalho e o estudo sobre trabalhadores pobres, conhecidos como working poor.
Fonte: Assessoria