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Dezembro Vermelho: médica do Hospital Dr. Ib Gatto Falcão esclarece mitos e verdades sobre o vírus HIV
Maju Silva
No mês de combate ao vírus HIV, a médica Júlia Vasconcelos, que atua no Hospital Dr. Ib Gatto Falcão, em Rio Largo, reforça a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e da quebra de estigmas que ainda cercam o vírus. Ela destaca que a informação correta é uma das principais ferramentas para reduzir novos casos e garantir o tratamento adequado.
Júlia Vasconcelos enfatiza que o conhecimento sobre formas de transmissão, proteção e tratamento ainda é rodeado por dúvidas e crenças equivocadas. Isso porque, a desinformação é um dos maiores desafios para evitar a proliferação do vírus.
“O HIV não se transmite por beijo, abraço, talheres ou contato cotidiano. O vírus se espalha principalmente por relações sexuais desprotegidas e pelo compartilhamento de objetos perfurocortantes contaminados. Esclarecer isso é fundamental para combater o preconceito e incentivar que mais pessoas busquem a testagem”, explica a médica.
A testagem rápida para o HIV está disponível em Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos 102 municípios alagoanos e também no Hospital Dr. Ib Gatto Falcão. O exame é gratuito, seguro, sigiloso e o resultado é liberado em poucas horas, permitindo encaminhamento imediato para acompanhamento quando necessário.
Mitos e Verdades sobre o HIV
Entre os mitos e verdades está o fato de o HIV e a Aids não ser a mesma coisa. Isso porque o HIV é o vírus, e a Aids é a fase avançada da infecção, quando o sistema imunológico está comprometido, transformando-se em uma doença.
Também é mito que o HIV pode ser transmitido pelo ar ou pelo toque. O vírus é transmitido pela via sexual sem proteção, também pelo sangue infectado e da mãe para o bebê durante a gestação, parto ou amamentação sem tratamento.
Outro mito é que o HIV só pode ser contraído por grupos específicos. Qualquer pessoa sexualmente ativa está suscetível ao vírus. O risco está no comportamento, não no perfil ou identidade.
Prevenção
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A médica do Hospital Dr. Ib Gatto Falcão reforça, ainda, estratégias de prevenção amplamente disponíveis no sistema de saúde. Além do uso regular de preservativos masculinos ou femininos durante as relações sexuais, é importante realizar a testagem periódica, especialmente para pessoas sexualmente ativas.
Há ainda a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), que deve ser iniciada em até 72 horas após uma relação sexual de risco. Outra estratégia medicamentosa é a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), medicação preventiva para pessoas que têm maior chance de exposição ao vírus.
Júlia Vasconcelos também ressalta a importância do enfrentamento ao estigma. “A informação salva vidas. Nosso compromisso é orientar, acolher e garantir que toda pessoa que nos procura receba atendimento digno, humanizado e baseado em evidências”, afirma a médica.