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Juizado e Habitação discutem parceria para apoiar mulheres vítimas de violência
O 1º Juizado de Violência Doméstica da capital e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Habitacional se reuniram nesta quinta-feira, 04, para discutir parcerias para ampliar a rede de proteção a mulheres vítimas de violência doméstica, especialmente aquelas com crianças de 0 a 6 anos, possibilizando a elas acesso à moradia segura e estável.
O diálogo focou na inclusão prioritária dessas mulheres, já acompanhadas pelo Programa João e Maria e identificadas em maior vulnerabilidade, nos programas habitacionais do município.
A proposta é agilizar os encaminhamentos para que famílias em risco possam ter acesso à moradia, elemento considerado fundamental para interromper o ciclo de violência.
A juíza Soraya Maranhão, titular do 1º Juizado de Violência Doméstica, ressaltou a importância estratégica da articulação.
“Essa articulação com a Secretaria de Habitação é muito importante para fortalecer o que fazemos no Juizado. Muitas mulheres não conseguem romper o ciclo de violência porque não têm uma rede mínima de apoio, especialmente quando têm filhos pequenos. Quando unimos proteção jurídica, apoio social e estabilidade habitacional, damos condições reais para que sigam em frente com segurança”, destacou.
Parceria
Ela reforçou ainda que a parceria é fundamental para assegurar dignidade às mulheres acompanhadas pelo Programa João e Maria e, futuramente, pelo Laços de Proteção. Além disso, enfatizou que a integração entre Habitação e Assistência Social é essencial para fortalecer a rede de apoio. “É essa soma de esforços que faz diferença na vida das crianças.”
O secretário Lucas Callado reforçou o compromisso do município em colaborar com a política de proteção às vítimas.
“Foi uma reunião muito importante em parceria com o Juizado de Violência Doméstica. Nosso objetivo é priorizar a oferta de habitação popular para as vítimas de violência doméstica, garantindo um lar seguro e digno para quem mais precisa, disse”.
Projeto Laços de Proteção
Outro ponto discutido foi a conexão com o projeto Laços de Proteção, que está sendo estruturado pelo Juizado em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social.
A iniciativa prevê visitas domiciliares às mulheres que possuem medidas protetivas, permitindo um acompanhamento mais próximo, monitoramento contínuo do risco e atenção especial às crianças expostas à violência.
A reunião fortaleceu a construção de uma rede intersetorial voltada à proteção integral das mulheres e crianças, unindo esforços entre Judiciário, Habitação e Assistência Social.
Participaram do encontro a superintendente Carina Amaral, o assessor técnico Rafael Brito e a psicóloga Anelise Lobão, integrante da equipe multidisciplinar do Juizado.
Dicom TJAL