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Hospital da Cidade destaca sinais de alerta e reforça cuidados essenciais contra ISTs
Eberth Lins
A desinformação ainda é uma das maiores barreiras no enfrentamento das infecções sexualmente transmissíveis. No Hospital da Cidade (HC), unidade administrada pelo Maceió Saúde, o tema tem sido tratado com prioridade, especialmente no trabalho de educação permanente realizado com profissionais e na orientação direta aos pacientes. Para o enfermeiro Pablo Ferro, do Núcleo de Educação Permanente do hospital, reconhecer os primeiros sinais pode ser decisivo para impedir que uma infecção evolua para quadros mais graves.
Segundo ele, um dos principais desafios é o fato de muitas ISTs apresentarem sintomas comuns a infecções corriqueiras, o que retarda a busca por atendimento. “Muitas das infecções sexualmente transmissíveis vão ser confundidas com infecções convencionais, por exemplo, da gripe, ou então algumas afecções bacterianas que podem vir a provocar lesões. No caso da sífilis, por exemplo, uma lesão pode aparecer próxima ao órgão genital e a pessoa não assimilar que isso é uma infecção sexualmente transmissível. Já no caso do HIV, a pessoa pode apresentar sintomas similares aos gripais”, explica.
Ferro reforça que o primeiro passo é compreender o próprio risco. “A identificação de sinais de alerta vai vir justamente desse conhecimento da pessoa em relação à possibilidade de ser uma infecção sexualmente transmissível. No momento em que ela entende que pode ter tido exposição, já consegue acender esse sinal de alerta e diferenciar entre um sintoma comum e o de uma IST”, afirma.
Apesar de o HC atuar como unidade de média e alta complexidade, acolhendo casos que demandam internação ou suporte especializado, o acompanhamento das ISTs envolve uma rede mais ampla. “Como instituição de serviço secundário, a gente acompanha os pacientes voltados ao processo de internação. Mas, a nível municipal, mantemos contato com instituições que fazem esse acolhimento e o acompanhamento extra-hospitalar, garantindo que essa pessoa seja atendida em todas as etapas do cuidado”, detalha o enfermeiro.
Para Camila Porciúncula, diretora-presidente do Maceió Saúde, a informação é uma ferramenta poderosa na proteção da população. “Nosso compromisso é fortalecer uma rede de saúde que funcione com eficiência, diálogo e acolhimento. Promover ações educativas sobre ISTs, qualificar profissionais e garantir que os usuários sejam bem encaminhados fazem parte da missão do Maceió Saúde. Cuidar da população é também oferecer caminhos claros para que cada pessoa tenha acesso ao diagnóstico e ao tratamento no tempo certo”, ressalta.
A diretora-geral do Hospital da Cidade, Dra. Célia Fernandes, destaca que o acolhimento adequado começa já na chegada do paciente. “Nosso papel é garantir que qualquer pessoa com suspeita de IST seja orientada com responsabilidade, respeito e sigilo. O HC integra uma rede de cuidado que vai desde o diagnóstico até o tratamento, e nosso compromisso é agir de forma rápida e humanizada, encaminhando o paciente para os serviços certos e evitando agravamentos”, pontua.
Ferro lembra que a rapidez é fundamental tanto nos casos de ISTs com cura quanto naquelas que exigem tratamento contínuo. “A importância do diagnóstico precoce é atender essa pessoa o mais rápido possível para evitar danos maiores. No caso das infecções que têm cura, conseguimos resolver de forma ágil. E naquelas que não têm, garantimos tratamento e cuidado adequados. Por isso, é essencial procurar a unidade básica de saúde, não só quando há sintomas, mas como parte da rotina de cuidado”, orienta.
Administrado pelo Maceió Saúde, o Hospital da Cidade integra uma gestão voltada à modernização e ao aperfeiçoamento dos serviços de saúde municipal. Com foco em governança, eficiência e qualidade assistencial, a instituição segue ampliando processos que unem inovação, cuidado e gestão responsável, fortalecendo a rede pública e garantindo atendimento humanizado a quem mais precisa.