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Estudantes da Rede Estadual participam da Expofísica-Ufal

Ana Flávia Oliveira e Ana Paula Lins
Escolas da Rede Pública Estadual participaram da Expofísica 2025, evento promovido pelo Instituto de Física da Universidade Federal de Alagoas (IF/Ufal), entre os dias 14 e 17 de outubro e que apresentou a física de forma lúdica e divertida por meio de experimentos, reunindo docentes, técnicos e estudantes da graduação, pós-graduação e ensino médio em uma grande exposição científica aberta ao público.
As escolas estaduais marcaram presença tanto na exposição de trabalhos como na visitação aos estandes do evento, que integra a programação da Semana de Pesquisa, Tecnologia e Inovação na Educação Básica (Sinpete).
Dentre as unidades presentes na exposição estavam as escolas estaduais Moreira e Silva (Maceió); Misael Gonçalves Ferreira (Barra de São Miguel), Rodriguez de Melo (Maceió), Salete de Gusmão (Maceió) e Theonilo Gama (Maceió).

Experimento de baixo custo
Os alunos da Escola Estadual Misael Gonçalves Ferreira apresentaram um gerador de ondas estacionárias de baixo custo, construído com materiais simples e recicláveis. A iniciativa foi orientada pelo professor de Física Harrison David, que também é técnico de laboratório do Instituto de Física da Ufal.
Com o gerador, os alunos puderam reproduzir o mesmo fenômeno físico observado em laboratórios universitários, realizando medições, análises e verificações entre teoria e prática.
Segundo o professor, o projeto representa um importante avanço no ensino de Ciências na Rede Pública:
“Os estudantes colocam a mão na massa e realmente fazem ciência. O experimento que eles construíram é um protótipo semelhante aos equipamentos usados na universidade, que custam de sete a oito mil reais. O nosso foi feito com motores de seis volts, barbante e pedaços de cano recicláveis”, explicou Harrison.
A estudante Yawani, integrante do grupo, destacou o entusiasmo em participar da exposição e a importância de vivenciar a prática científica:
“Fica mais interessante porque somos nós que mexemos na ciência. Apesar de ser um pouco difícil, é muito legal, porque é uma experiência nova sair da nossa escola e apresentar trabalhos em outros lugares”.
Primeiro contato com a universidade
Já a Escola Estadual Moreira e Silva expôs o projeto “Síntese e Caracterização de Pontos de Carbono a partir de Biomassa Vegetal: Aplicação em Sensores de PH”. O trabalho é desenvolvido pelo Grupo de Física Instrumental e Materiais da escola, orientado pelo professor Matheus Limeira.

Ele ressalta a importância da participação de estudantes da Educação Básica em eventos como a Expofísica como forma de introduzi-los à universidade e ao Ensino Superior.
“Este foi nosso segundo ano apresentando trabalhos na Expofísica e, do meu ponto de vista, a participação dos alunos como apresentadores é imprescindível para o despertar acadêmico, o ambiente, os tipos de trabalhos, o contato com as pessoas da universidade, tudo isso mexe com eles. O evento integra os estudantes do ensino médio à universidade por meio de experiências exitosas, e é isso que instigo nos meus alunos”, contou Matheus.
A estudante Sanniely Rufino participou da exposição e relatou sua experiência no evento. “O ritmo das apresentações era totalmente diferente de tudo que eu já fiz e a experiência de estar em contato com alunos de várias escolas também foi única. Foi bastante interessante ver a forma como eles reagiram de diferentes formas sobre o assunto que nós abordamos. Estou ansiosa para os próximos eventos dos quais participaremos na Ufal, pois terei a chance de estar em contato com outros estudantes e de melhorar a minha comunicação e conhecimento naquilo que eu gosto”, adiantou Sanniely.
Nesta segunda-feira (20), o grupo estará de volta à Ufal para apresentar trabalhos no XVII Workshop da Pós-graduação em Física.