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Seagri e Iteral discutem avanço da reforma agrária em Alagoas em reunião com o Incra nacional

Dyego Barros
Dando sequência à articulação entre os governos estadual e federal para o destravamento da reforma agrária nas terras das usinas Laginha e Guaxuma, a secretária de Agricultura e Pecuária de Alagoas, Aline Rodrigues, recebeu, nesta segunda-feira (29), representantes da diretoria do Incra nacional, na sede da pasta.
O encontro, também acompanhado pelo diretor-presidente do Iteral, Jaime Silva, mobilizou lideranças de oito movimentos sociais do campo, além da Defensoria Pública do Estado, representando um passo importante para a resolução de um dos mais emblemáticos conflitos rurais do país.
Pelo menos 3.500 mil famílias em situação de vulnerabilidade ocupam, há 14 anos, parte do complexo da massa falida do Grupo João Lyra. Diante da ameaça do avanço de processos de reintegração de posse, as organizações reivindicam a regularização das áreas para a consolidação de projetos de assentamentos.
De acordo com a diretora de Obtenção de Terras do Incra nacional, Maíra Coraci Diniz, a autarquia vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) obteve avanços significativos nas negociações conduzidas junto aos administradores da massa falida para a aquisição de parte da propriedade.
O desenvolvimento das tratativas, no entanto, ainda depende de ajustes nos termos discutidos. Especialmente no que diz respeito ao número de hectares necessários para o assentamento das famílias já mapeadas pelo órgão do Governo do Brasil.
Para Jaime Silva, o atendimento da pauta dos camponeses passa pela atuação conjunta das instituições. “Temos atuado em cooperação com o Incra nacional, não apenas no sentido de resguardar os direitos dos trabalhadores e garantir a terra para quem nela vive e produz, mas também de projetar o desenvolvimento das comunidades com a introdução de políticas públicas de bem-estar social”, declarou o gestor do Iteral.
“Essa agenda integrada tem nos permitido avançar no sentido do atendimento de uma demanda histórica das organizações do campo, e o objetivo do governo Paulo Dantas é ir além da garantia da cultura de subsistência dessas famílias, promovendo inclusão produtiva e levando geração de emprego e renda para os assentamentos da reforma agrária”, reforçou a secretária Aline.

Antes de retornar a Brasília, a comitiva do Incra nacional também se reuniu com representantes do Poder Judiciário alagoano.
Também participaram da reunião, a diretora da Câmara Nacional de Conciliação Agrária, Carolina Morishita (Incra nacional), a superintendente de Agricultura Familiar para Movimento Sociais e Cooperativas, Lidiane Ferraz (Seagri), a vereadora por Maceió, Teca Nelma, e o defensor público Fernando Rebouças de Oliveira.
Pelos movimentos sociais, estavam presentes dirigentes do MST, FNL, CPT, MPL, TL, MVT, MLST e MTL.