Setembro é mês de conscientização do câncer ginecológico. O objetivo é reforçar a importância de exames preventivos como a vacinação contra o HPV e o papanicolau para o rastreamento precoce de tumores, trazendo à tona um olhar mais atento à saúde da mulher. O Movimento Mulheres Municipalistas (MMM) chama atenção para a campanha Setembro em Flor e destaca a importância de atenção à saúde de meninas e mulheres.

O exame Papanicolau pode ser realizado gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos Municípios. Recentemente, o Ministério da Saúde anunciou a substituição gradual desse exame pelo teste de biologia molecular DNA-HPV, voltado à detecção do vírus. No entanto, a implantação inicial vai ocorrer em apenas um Município de cada Estado selecionado: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Bahia, Pará, Rondônia, Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco e no Distrito Federal.

Para o MMM é importante que a estratégia seja, de fato, ampliada para todo o país, já que a nova tecnologia possibilita ampliar os intervalos de rastreamento para até cinco anos, aumentando a eficiência e reduzindo custos. Além disso, o Movimento Mulheres Municipalistas destaca a necessidade de capacitações específicas para os profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), a fim de garantir uma implementação efetiva e segura.

Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que mais de 30 mil brasileiras são diagnosticadas com cânceres ginecológicos por ano. A prevenção pode ser realizada com a utilização de preservativo e a vacinação contra o HPV. Desde 2014, a vacina contra o HPV é oferecida gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) no Brasil para meninas e meninos de 9 a 14 anos, pessoas imuno suprimidas, portadores de HIV, pessoas com diagnóstico de câncer e vítimas de violência sexual dos 9 aos 45 anos.

Apesar dos avanços alcançados, dados mais recentes do Ministério da Saúde indicam que a cobertura vacinal ainda está aquém do esperado. Entre meninas de 9 a 14 anos, a vacinação atingiu 78,55%. Entre meninos da mesma faixa etária, o percentual é de 66,34%. Ambos os números permanecem abaixo da meta estabelecida, que é de 90%, evidenciando a necessidade de intensificação das estratégias de mobilização, conscientização e financiamento para que os Municípios possam realizar a busca ativa dos não vacinados.

Sendo assim, o MMM reforça a importância de os gestores municipais realizarem ações de conscientização sobre a saúde ginecológica neste mês de setembro, alertando sobre os fatores de risco, sintomas e a necessidade de prevenção.

Fonte: Da Agência CNM de Notícias com informações da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica