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Imprensa Oficial celebra o Dia do Folclore com obras que valorizam a cultura alagoana

Thaíssy Fontan (*)
O Dia do Folclore é celebrado nesta sexta-feira, 22. Voltada especialmente à valorização e preservação cultural, a data convida à reflexão sobre a importância de manter vivas as tradições populares que formam a identidade brasileira. Entre lendas, músicas, danças, brincadeiras e saberes transmitidos de geração em geração, o folclore é um patrimônio imaterial que revela a diversidade do povo brasileiro.
Nesse contexto, a Imprensa Oficial Graciliano Ramos também contribui para a preservação e divulgação do folclore alagoano, por meio de publicações que resgatam histórias, versos e ilustrações da cultura local.
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Exemplo desse trabalho é a Coleção Coco de Roda, destinada exclusivamente ao público infantil. A série reúne obras que transformam as tradições regionais em literatura acessível às novas gerações. Entre os títulos, destacam-se livros como Upiara e Pescando Histórias à Beira-mar.
Um passeio por velhas lendas contadas no litoral alagoano, Pescando histórias à beira-mar, de Daniel Libardi e Adélia Souto, mergulha o leitor nas lendas contadas pelos pescadores das vilas alagoanas, histórias que são passadas de pai para filho nas comunidades que têm a pesca como principal fonte de renda. "Upiara" destaca a cultura indígena
Já Upiara, de Eliana Maria, resgata a cultura indígena ao narrar a história de um pequeno guerreiro da tribo Kariri que precisa mostrar à sua comunidade que ser diferente não significa ser inferior. Com a ajuda de seres mágicos como Saci-Pererê, Boitatá e Curupira, Upiara enfrenta desafios e descobre sua força na floresta.
O objetivo, segundo a autora, é fazer com que o leitor conheça a cultura dos povos indígenas alagoanos, promovendo valores como a tolerância às diferenças e conscientizando a todos sobre a importância da preservação da natureza.
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Para Eliana, a presença desses seres míticos não é por acaso, já que, “no folclore, eles são os mitos que protegem nossas matas e florestas do desmatamento e das queimadas”.
O enredo, reforça Eliana, foi construído a partir de pesquisa e admiração da autora pela cultura indígena. “Acredito que essa fidelidade vem do estudo e da admiração que nutro desde criança pela cultura, mitos e lendas dos povos indígenas. Já a sensibilidade vem da história de vida dos povos indígenas alagoanos, especialmente os Kariris-Xocós, de Porto Real do Colégio, em Alagoas”, afirma.
Eliana também ressalta que obras literárias são importantes ferramentas para manter vivas as tradições brasileiras, já que “histórias que descrevem mitos, lendas, músicas, danças, festas e costumes das diversas culturas do povo brasileiro contribuem diretamente para a preservação desse patrimônio”.
Nesse sentido, o Dia do Folclore ganha ainda mais relevância. Para a escritora, “o 22 de agosto é importante para incentivar, promover, estimular, valorizar e fortalecer a preservação da diversidade da cultura popular brasileira”.
Com Upiara, a autora espera transmitir não apenas conhecimento, mas também valores. “Que se orgulhem da cultura dos povos indígenas de Alagoas; que digam não ao preconceito; que digam sim à tolerância, às diferenças; que preservem a natureza. E que, por fim, a história de Upiara também transmita amor, alegria, respeito, união e amizade”.
É dando vida às lendas e tradições locais, portanto, que a Imprensa Oficial Graciliano Ramos reafirma seu compromisso em preservar e difundir a cultura popular, garantindo que o folclore alagoano siga presente nas páginas dos livros e no imaginário das próximas gerações.