Geral

Agosto Lilás: PCJE promove roda de conversa sobre combate à violência contra a mulher

19/08/2025
Agosto Lilás: PCJE promove roda de conversa sobre combate à violência contra a mulher
Fotos: Diálogo marcou conscientização promovida durante mês pelo fim da violência doméstica | Kenny Lucas - Ascom/Esmal

Nesta segunda-feira (18), 150 alunos atendidos pelo Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE) participaram da roda de conversa “Educar para prevenir e coibir a violência doméstica”, em alusão ao Agosto Lilás. A atividade ocorreu no Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) e foi mediada pela juíza coordenadora do PCJE, Carolina Valões, com a participação das magistradas Luana Freitas e Priscila Cavalcante.

A juíza Priscila Cavalcante, titular da Comarca de Passo de Camaragibe, ressaltou que a sensibilização dos jovens em relação ao tema é fundamental para que eles disseminem o conhecimento sobre a problemática e possam transformar a realidade ao seu redor.

“A gente tratou sobre as formas de violência e como identificá-las, além de reconhecer relacionamentos abusivos e estabelecer estratégias para relações saudáveis. É importante que os adolescentes conheçam esses conceitos, saibam como denunciar e a quem recorrer caso seja necessário”, disse.


Ação do PCJE reforça compromisso institucional de conscientizar os jovens acerca do enfrentamento à violência contra as mulheres. Foto: Kenny Lucas - Ascom/Esmal

Reflexão sobre violência de gênero

Agosto Lilás é o mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher. A iniciativa destaca a responsabilização coletiva de todos os segmentos da sociedade para enfrentar a misoginia e as formas de violência contra a mulher. A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) completou 19 anos no último dia 7 e segue sendo referência internacional no âmbito da proteção às mulheres, principalmente ao garantir medidas protetivas e instrumentos legais para garantir segurança e dignidade às vítimas.

De acordo com o 19º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 1.492 mulheres foram vítimas de feminicídio em 2024, o que representa uma média de quatro feminicídios por dia. A maior parte das vítimas era de mulheres negras.

Carolina Valões definiu que é preciso que o ambiente escolar esteja bem equipado para tratar do assunto tendo como aliado o sistema de justiça na luta contra a violência sistêmica.

“Esse é um tema que exige um olhar institucional especial dos poderes públicos e da Justiça. Precisamos levar para as escolas a conscientização sobre violência de gênero, doméstica e familiar contra a mulher, inserindo o assunto na grade curricular e sendo trabalhado em todas as disciplinas. Acredito que essa é a principal forma de transformar a realidade atual, marcada pelo aumento não só da violência, mas também do ódio contra as mulheres, inclusive entre adolescentes.”, revelou a coordenadora do PCJE.

A estudante Maria Clara Barros, da Escola Estadual Prof. Silveira Camerino, conhece de perto casos de violência doméstica e, para ela, o aprendizado adquirido no debate a ajudará a se proteger e apoiar outras mulheres.

“Gostei muito, porque fala sobre os aprendizados das mulheres na luta contra a violência. Acho fundamental que toda mulher saiba como se defender e, principalmente, como denunciar. Nenhuma mulher deveria passar por isso, mas é essencial ter conhecimento para reagir. Eu, por exemplo, jamais admitiria que alguém levantasse a mão contra mim. Não permitiria de forma alguma ser agredida. Nenhuma mulher deveria viver essa realidade”, explicou.

Participaram do evento estudantes das seguintes escolas parceiras do PCJE:

Rede estadual:

Edson Bernardes

Silveira Camerino

Centro Educacional Cyro Accioly

Rede municipal:

Zumbi dos Palmares

Pompeu Sarmento

Silvestre Péricles


Ascom Esmal