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Legado socioambiental do PISF reforça compromisso com o semiárido brasileiro

13/08/2025
Legado socioambiental do PISF reforça compromisso com o semiárido brasileiro
Fotos: Secretário Giuseppe Vieira em evento sobre avanços e benefícios socioambientais do PISF | Divulgação/MIDR

Com o objetivo de debater os avanços e benefícios da gestão ambiental do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), maior obra de infraestrutura hídrica do Brasil, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) deu início, nesta quarta-feira (13), em Petrolina (PE), à programação do evento “Legado Socioambiental do PISF: segurança hídrica e desenvolvimento regional sustentável”. A iniciativa reúne até sexta-feira (15) especialistas e gestores para debater os avanços e benefícios da gestão ambiental do Projeto.

O objetivo do encontro, realizado no Cineteatro da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), é divulgar os resultados sociais, ambientais e científicos obtidos pelo PISF, com destaque para ações como a conservação da biodiversidade, o monitoramento de fauna e flora, a preservação do patrimônio arqueológico e estratégias de mitigação de impactos ambientais. Além disso, o evento busca fortalecer o diálogo entre pesquisadores, gestores públicos e técnicos, contribuindo para o aprimoramento de políticas e estratégias de gestão ambiental no semiárido brasileiro.

“O PISF é um empreendimento emblemático, que uniu engenharia de alto nível a um profundo compromisso social e ambiental”, afirmou o secretário Nacional de Segurança Hídrica do MIDR, Giuseppe Vieira. “Ele transformou a realidade de uma região historicamente marcada pela escassez hídrica, levando água para quem mais precisa, impulsionando o desenvolvimento e garantindo dignidade para populações que, por décadas, viveram sob os efeitos de chuvas escassas e da pouca disponibilidade de água. Hoje, vemos o impacto positivo dessa obra nos quatro estados beneficiados, alcançando 12 milhões de pessoas em 390 municípios”, completou.

Segundo ele, desde a concepção até a execução, o projeto seguiu rigorosamente um compromisso ambiental e social, com participação ativa de comitês de bacia, organizações civis e autoridades. “Além de beneficiar milhões de brasileiros, o empreendimento também garantiu novas oportunidades para famílias que precisaram ser realocadas, com vilas produtivas rurais já em plena produção e assegurando a sustentabilidade dessas comunidades”, ressaltou.

A programação desta quarta-feira contou com debates que trouxeram não apenas reflexões sobre os aprendizados do processo e recomendações para futuros projetos, mas também sobre os avanços no monitoramento e controle da qualidade ambiental, incluindo a avaliação da qualidade da água e a identificação de espécies exóticas.

Muito além da engenharia

Ao longo das duas décadas, mais de 100 programas ambientais e sociais foram implementados, em parceria com instituições como Univasf (Universidade Federal do Vale São Francisco), Ibama, Fundam e CNPq, promovendo preservação, estudos científicos, desenvolvimento urbano e melhoria da qualidade de vida nas comunidades impactadas. “Esse é o verdadeiro desenvolvimento regional: aquele que preserva, promove oportunidades e transforma a vida das comunidades impactadas, unindo progresso social, ambiental e científico”, ressaltou Bruno Cravo, diretor do Departamento de Projetos Estratégicos (DPE) do MIDR.

Obra de infraestrutura equilibrada com a preservação ambiental

A coordenadora-geral de Programas Ambientais do MIDR, Elianeiva Odisio, ressaltou a dimensão do Projeto e a relevância das ações ambientais associadas. “O projeto conta com programas de grande importância para as comunidades beneficiadas. Hoje, já atendemos 516 municípios e, com a expansão dos ramais Oeste e Leste, poderemos chegar a 563. É fundamental lembrar que cada etapa foi acompanhada por um rigoroso processo de licenciamento ambiental e pela atuação de diversas instituições parceiras, garantindo que desenvolvimento e preservação caminhem juntos”, afirmou.

Como paraibano que viveu de perto a insegurança hídrica e ajudou a fundar a Universidade Federal do Vale do São Francisco, o Reitor da Univasf, Professor Dr. Telio Nobre Leite, contou ter acompanhado o Projeto de Integração do Rio São Francisco desde o início. “Mostramos que é possível conciliar uma grande obra de infraestrutura, voltada à segurança hídrica de milhões de pessoas, com a preservação ambiental e o cuidado com as comunidades impactadas, deixando um legado de desenvolvimento sustentável e valorização da ciência na transformação da região”.

Ascom MIDR