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Fundação Grupo Volkswagen lança Projeto Autonomia para qualificar jovens e impulsionar a inclusão produtiva

11/08/2025
Fundação Grupo Volkswagen lança Projeto Autonomia para qualificar jovens e impulsionar a inclusão produtiva
Fotos: Iniciativa combina aprendizado técnico e desenvolvimento socioemocional para ampliar perspectivas profissionais e autonomia | Divulgação

Comprometida com seu propósito de promover a mobilidade social, a Fundação Grupo Volkswagen lança o Projeto Autonomia, iniciativa voltada à qualificação profissional e ao fortalecimento da cidadania de jovens entre 16 e 21 anos, preferencialmente de grupos minorizados, moradores da comunidade do Montanhão e arredores, em São Bernardo do Campo (SP). Desenvolvido em parceria com a Associação Padre Leo Commissari, organização social local, o projeto combina formação técnica, desenvolvimento de habilidades socioemocionais e acompanhamento psicossocial para impulsionar a empregabilidade e a geração de renda. A expectativa é expandir os projetos para outros municípios de atuação da Fundação a partir do próximo ano.

“Após 45 anos de atuação, a Fundação Grupo Volkswagen consolidou a mobilidade social como sua causa prioritária. A decisão reflete o compromisso em aprofundar o debate sobre desigualdade e impulsionar soluções concretas para transformar essa realidade. O Projeto Autonomia é um exemplo desse compromisso ao oferecer mais do que capacitação profissional: ele cria oportunidades reais de transformação para os jovens e suas famílias, impulsionando o acesso a empregos formais e melhores condições de vida por meio da tecnologia”, destaca Vitor Hugo Neia, diretor-geral da Fundação Grupo Volkswagen.

O projeto combina capacitação técnica e desenvolvimento pessoal para preparar jovens para o mercado de trabalho e a construção de novas oportunidades e maior autonomia. O módulo principal, com mais de 400 horas, oferece formação técnica na área de informática, com foco em qualificação prática. Os encontros ocorrem duas vezes por semana, garantindo uma jornada estruturada que alia conhecimentos técnicos a habilidades essenciais para a autonomia financeira e a inclusão produtiva dos participantes.

Já o módulo de formação transversal, com 80 horas, aborda temas como projeto de vida, saúde física e emocional, diversidade e orientação profissional, promovendo o desenvolvimento socioemocional e o fortalecimento da autoestima. Esses aspectos são fundamentais para que os jovens desenvolvam confiança, capacidade de resolver problemas e habilidades interpessoais essenciais para a inserção e permanência no mundo do trabalho - visão integrativa que a Fundação denomina como “jornada completa”.

Inclusão produtiva e impacto na comunidade

A turma-piloto do projeto, que se formou no começo de 2025, foi composta majoritariamente por mulheres e jovens pretos ou pardos e teve 100% de empregabilidade garantida: todos os 30 participantes foram contratados como aprendizes pela Volkswagen do Brasil. Durante dois anos, os jovens terão acesso a salário, benefícios e capacitação técnica oferecida pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), ampliando o impacto social da iniciativa.

Além da inserção no mercado de trabalho, o projeto promove encontros e rodas de conversa com os familiares dos jovens, fortalecendo a rede de apoio e ampliando o impacto social do programa. Para garantir a permanência dos participantes, aqueles que atingem pelo menos 80% de frequência nas aulas recebemuma bolsa incentivo, assegurando condições mínimas para concluir a formação com sucesso.

“Acreditamos que a mobilidade social se fortalece com a criação de caminhos estruturados e sustentáveis para o desenvolvimento profissional e pessoal. Nosso investimento vai além da formação técnica, proporcionando oportunidades reais de crescimento e redes de conexão que ampliam as perspectivas dos jovens para o futuro”, complementa Neia.

A segunda turma do Projeto Autonomia iniciou suas atividades em fevereiro de 2025 e foi concluída na primeira quinzena de junho. Com isso, mais 32 jovens foram capacitados, ampliando o alcance da iniciativa e reafirmando o compromisso da Fundação com a mobilidade social por meio da inclusão produtiva.

Jornada completa e próximos passos

O Projeto Autonomia é a porta de entrada de uma trilha formativa voltada à empregabilidade que respeita o tempo, os interesses e o projeto de vida de cada jovem. Ao concluir essa primeira etapa, os participantes podem optar por ingressar imediatamente no mercado de trabalho — com apoio direto da Fundação para acesso a oportunidades de emprego, inclusive no próprio Grupo Volkswagen — ou seguir nos estudos com um curso de qualificação profissional em tecnologia da informação, o Start CODE, realizado em parceria com o SENAI de Informática, em São Caetano do Sul (SP). Nessa fase, os participantes recebem uma bolsa equivalente a um salário-mínimo, garantindo autonomia financeira para continuar a formação. Os conteúdos abordados ao longo de 2 semestres do Start CODE incluem desenvolvedor front-end e back-end, inteligência artificial, marketing digital e Power BI.

Por fim, para os jovens que escolherem continuar sua formação por ainda mais um período, a jornada evolui até a graduação, com a oferta de um curso superior de Tecnólogo em Ciências de Dados, totalmente custeado pela Fundação por meio de seu projeto CODE School. Ao longo desse percurso de até 4 anos, o jovem é acompanhado em sua formação técnica e socioemocional, com foco na empregabilidade e no fortalecimento de sua cidadania. Ao final da trilha, a expectativa é que ele esteja apto a ingressar no mercado formal em uma posição qualificada, rompendo o ciclo da vulnerabilidade e ampliando suas possibilidades de futuro. Esse modelo abrangente e progressivo consolida o compromisso da Fundação com a mobilidade social, garantindo que cada jovem tenha não apenas acesso à formação de qualidade, mas também poder de escolha sobre sua trajetória.

Contexto e desafios da mobilidade social no Brasil

O Brasil enfrenta desafios significativos na mobilidade social: segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), são necessárias nove gerações para que os mais pobres alcancem a classe média. O acesso desigual à educação de qualidade e as barreiras no mercado de trabalho seguem como obstáculos à ascensão social da população jovem. Dentro desse contexto, o Projeto Autonomia atua diretamente para enfrentar esses desafios, capacitando jovens para superar as barreiras socioeconômicas e garantindo que tenham as ferramentas necessárias para construir um futuro mais digno e próspero.

“O impacto da formação desses jovens vai muito além do acesso ao mercado de trabalho. Ela transforma a realidade das famílias e fortalece comunidades inteiras, criando um ciclo positivo de desenvolvimento, dentro da nossa visão da jornada completa. A trilha que se inicia com o Autonomia, se amplia com o Start CODE e se conclui com a formação superior do CODE School, alinhada a oportunidades de ingresso no mercado de trabalho, traduz, na prática, o que é mobilidade social para a Fundação Grupo Volkswagen”, conclui Vitor Hugo Neia.

Sobre a Fundação Grupo Volkswagen

Desde 1979, a Fundação Grupo Volkswagen realiza e apoia ações sociais e educacionais com recursos de um fundo constituído pela Volkswagen. Ao longo destes 45 anos, mais de 3 milhões de brasileiras e brasileiros foram beneficiados pelo trabalho da Fundação, que tem como missão estimular a mobilidade social por meio do investimento em iniciativas e organizações que desenvolvem comunidades e fortalecem o protagonismo dos cidadãos. A Fundação atua para incentivar a prosperidade socioeconômica e o desenvolvimento de indivíduos e comunidades, fortalecendo suas potencialidades e colaborando para o acesso equitativo a direitos e oportunidades. Para isso, prioriza os territórios mais vulneráveis nos municípios com unidades de negócio do Grupo Volkswagen no País. Além disso, apoia tecnicamente ações de responsabilidade social de empresas do Grupo Volkswagen no Brasil. Desta forma, a Fundação espera contribuir para reduzir a pobreza e diminuir as acentuadas desigualdades sociais brasileiras, por meio da inclusão produtiva e de estratégias complementares de fortalecimento das capacidades locais. Para saber mais, acesse o site da instituição.

Fonte: Assessoria