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Cenário da Febre Oropouche em Alagoas é pauta da Diretoria do Cosems-AL

A situação da Febre de Oropouche em Alagoas – cujo vetor de transmissão é um mosquito culicóide, conhecido como maruim - e as estratégias de prevenção e orientações que precisam ser adotadas pelos municípios alagoanos foram uma das pautas da primeira reunião, nesta segunda-feira (28) da nova Diretoria do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems-AL) para o biênio 2025-2027.
Vale ressaltar que no ano passado, segundo dados do Ministério da Saúde, o Estado registrou 116 casos e, este ano, já são cinco, sendo três em Arapiraca e dois em Santana do Mundaú. “O Cosems-AL compreende a aflição dos gestores municipais de saúde que precisam orientar a população sobre as formas de prevenção e como prestar assistência adequada no surgimento de casos”, afirmou o presidente do Conselho, Rodrigo Buarque.
De acordo com a enfermeira e apoiadora regional do Cosems-AL, Kathleen Moura, o período chuvoso agrava a situação, sobretudo na zona rural, onde pode ocorre maior acúmulo de matéria orgânica, principalmente nas folhas, vegetação e outros criadouros. Vale lembrar que o C. paraensis é encontrado frequentemente no peridomicílio (área externa do domicílio, quintais, varandas), vivendo próximo a plantas como bananeiras, árvores, gramíneas etc. Desta forma, recomenda-se evitar se expor nesses ambientes durante o período de maior atividade dos vetores, em geral nas primeiras horas da manhã e ao final da tarde (a partir das 16h).
Os sintomas da febre Oroupuche podem durar de uma a duas semanas e surgem de quatro a oito dias após a picada do mosquito infectado e incluem febre alta, dor de cabeça intensa, dor muscular e nas articulações, náusea e vômito; e erupções cutâneas.
Dentre as formas de prevenção estão o uso de roupas de manga comprida, repelente, mosquiteiro e limpeza de quintais e locais com matéria orgânica.
O presidente também acrescentou que não se pode esquecer as demais arboviroses como a Dengue, Zika e a Chikungunya, sobretudo a última, que tem apresentado aumento de casos no estado.
A Chikungunya deixa sequelas (além do comprometimento motor) já que não é apenas uma doença com sintomas físicos, tem um impacto significativo na qualidade de vida. A doença pode levar a limitações nas atividades diárias, sofrimento mental e prejuízos na produtividade. O impacto econômico na saúde também é relevante, com custos associados ao tratamento e reabilitação.
Outro assunto discutido na reunião foi sobre o Projeto Cosems-AL como Estratégia Regional de Prevenção ao HIV em Alagoas. A proposta é da enfermeira infectologista e pesquisadora, Aruska Magalhães. De acordo com Rodrigo, a parceria visa à qualificação dos profissionais da saúde com o intuito de prepará-los para melhor atender aos usuários do sistema público de saúde na assistência aos pacientes com HIV.
Antes do lançamento do projeto e após se reunir com a equipe técnica e Diretoria da entidade, Rodrigo destacou a importância de formatar o projeto para que seja mais abrangente, considerando a necessidade prévia de sensibilização versus mobilização da população para as estratégias de prevenção da infecção das IST’s já existentes no mercado.
Para tanto, o presidente do Cosems-AL anunciou – para data a definir – workshops uma para para Região de Saúde para discutir de forma detalhada o assunto com gestores de saúde e técnicos responsáveis dos municípios.
Ascom Cosems/AL