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BNDES e Ministério das Cidades projetam implantar 40 km de linhas de transporte coletivo de Maceió até 2054

15/07/2025
BNDES e Ministério das Cidades projetam implantar 40 km de linhas de transporte coletivo de Maceió até 2054
Fotos: Na capital alagoana, indicador que mensura o percentual da população que reside no raio de até 1 km de estações de sistemas de transporte público alcançaria 30,7%. Pei Fon/ Secom Maceió

A região metropolitana de Maceió (RS) tem potencial para implantar 40 quilômetros de rede de transporte público coletivo de média e alta capacidade (TPC-MAC) até 2054. A expansão pode beneficiar cerca de 340 mil pessoas que utilizam diariamente corredores de transporte mais eficientes. Atualmente, a região não conta com esse tipo de rede.

É o que aponta o Boletim Informativo nº 4 do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério das Cidades.

Somadas, as 21 maiores regiões metropolitanas (RMs) do país tem potencial para expandir em cerca de 2.5 mil km as redes de TPC-MAC até 2054. Segundo esta edição do ENMU, as Redes Futuras de transporte incluem novos trechos de metrôs, trens, veículos leves sobre trilhos (VLT), bus rapid transit (BRT) e corredores exclusivos de ônibus.

No caso da capital alagoana, estudo aponta a construção de 25km em BRT ou VLT; e de 15km em corredores exclusivos de ônibus. Os trens urbanos a diesel operados pela CBTU em Maceió não possuem desempenho operacional compatível com sistemas de Alta Capacidade nos termos do Guia TPC

Em Maceió, a chamada Rede Futura alcançaria 30,7% o indicador que mensura o percentual da população de uma região metropolitana que reside em até 1 km de estações de sistemas de TPC-MAC. Chamado de PNT (People Near Transit), o indicador foi criado pelo Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP).

“Estamos fortalecendo o planejamento urbano com base em dados concretos, que nos permitem identificar prioridades e orientar ações de médio e longo prazo. Nosso foco, com a mobilidade urbana, é tornar o transporte coletivo mais eficiente, dinâmico e sustentável, assegurando qualidade de vida à população. Reduzir o tempo de deslocamento, com conforto e segurança, transforma a forma como as pessoas vivem, acessam oportunidades e se relacionam com as cidades”, afirmou o ministro das Cidades, Jader Filho.

“O investimento em corredores de transporte mais eficientes é uma política pública necessária para ampliar o acesso a oportunidades e melhorar a qualidade de vida das pessoas, especialmente das populações mais carentes. Além disso, contribui para o aumento da produtividade e a dinamização da economia nas grandes cidades. Na região metropolitana de Maceió, isso significa criar uma rede de transporte público coletivo de média e alta capacidade, com efeitos também para redução do número de acidentes e das emissões de poluentes e gases do efeito estufa, além do melhor uso do espaço público”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

Outro indicador que seria impactado é o RTR (Rapid Transit to Resident), que compara a população urbana de cidades com mais de 500 mil habitantes com a extensão das linhas de TPC-MAC. Esse indicador permite avaliar o ritmo de crescimento da infraestrutura em relação ao crescimento demográfico nas áreas urbanas.

Em Maceió, com a implantação da Rede Futura completa, o RTR alcançaria 19, superior a cidades como Lisboa (15,3) e Bogotá (14,3).

Nacional - Segundo o Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), as Redes Futuras de transporte representam a expansão em 2.500 km, que inclui novos trechos de metrôs, trens, VLT, BRT e corredores exclusivos de ônibus.

O estudo prevê mais 323 km de linhas de metrô, 96 km de trens urbanos, 1.930 km de sistemas de BRT, VLT ou monotrilho, e 157 km de corredores de ônibus. Atualmente, as 21 regiões metropolitanas pesquisadas, distribuídas nas cinco regiões do país, têm 2.007 km de rede de transporte público. São elas: Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Santos, Campinas, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Goiânia, Distrito Federal, Salvador, Maceió, Recife, João Pessoa, Natal, Teresina, São Luís, Fortaleza, Belém e Manaus.

Nesta etapa foram avaliados 400 planos e projetos identificados no Boletim Informativo nº 3, divulgado em março deste ano. Do total, quase 200 projetos com foco em sistemas de TPC-MAC têm demanda suficiente e serão capazes de ampliar o acesso da população nos próximos 30 anos.

Boletim Informativo nº 5 - Entre junho e agosto, o foco do ENMU será a elaboração do Banco de Projetos, com o detalhamento dos quase 200 projetos de TPC-MAC que compõem as Redes Futuras. Essa etapa incluirá as estimativas de investimentos, custos, receitas, benefícios e as avaliações econômicas e financeiras preliminares. Esse conjunto de informações contribuirá para o planejamento de médio e longo prazo dos entes públicos, permitindo uma análise estratégica para priorização dos investimentos em cada localidade.

O Boletim Informativo nº 4, com os resultados parciais do ENMU, já está disponível no endereço www.bndes.gov.br/enmu

Ascom BNDES