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Nordeste abre quase 46 mil novos empregos formais em maio

O mercado de trabalho formal mostrou-se, mais uma vez, aquecido no Nordeste. Em maio, a Região gerou 45.888 novos postos de trabalho com carteira assinada, segundo números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta segunda (30). O resultado representa a 30,8% do saldo nacional e aponta crescimento de 0,57% em relação ao mês anterior. Os dados consolidam uma trajetória de recuperação iniciada em abril e reforçada em maio, especialmente pelos setores de serviços e indústria. O desempenho foi o segundo melhor entre as regiões do País.
No acumulado do ano, o Nordeste apresenta saldo de 124.662 empregos gerados, o que equivale a 11,9% do acumulado no País. O número representa uma média de aproximadamente 25 mil empregos líquidos por mês. “O desempenho positivo do Nordeste reflete as medidas adotadas pelo presidente Lula para a retomada da atividade econômica. Essa combinação tem sido decisiva para gerar oportunidades e reduzir desigualdades na região”, avaliou o superintendente da Sudene, Danilo Cabral. Todos os nove estados nordestinos apresentaram saldo positivo em maio. A Bahia liderou o ranking, com 12.858 vagas, seguida por Pernambuco (9.754), Paraíba (5.905) e Ceará (5.769). Esses quatro estados concentraram quase 75% das contratações no mês. Também contribuíram Maranhão (3.560), Piauí (3.559), Rio Grande do Norte (2.220), Sergipe (1.939) e Alagoas (324).
O setor de serviços foi o maior responsável pelos novos postos, com 21.092 vagas — quase a metade do total. Neste cenário, Bahia, com saldo de 5.670; Pernambuco, com 5.386 novos empregos; e Ceará, com 5.288 novos postos de trabalho anotaram os mais altos registros. Em termos proporcionais ao saldo de cada estado, o setor de Serviços foi destaque em quase todos os estados, sendo responsável pela maior parte do saldo positivo em seis estados, exceção feita a Alagoas, Rio Grande do Norte e Sergipe. Na Paraíba, o saldo do setor de serviços respondeu por quase 90% do saldo total do estado.
O setor industrial surpreendeu positivamente ao registrar 9.272 empregos formais em maio, revertendo o saldo negativo observado em abril. O Rio Grande do Norte liderou com 2.974 vagas, seguido por Bahia (2.061) e Pernambuco (2.026). Em estados como Alagoas e o próprio RN, o peso da indústria foi decisivo: mais que o dobro do saldo total em Alagoas e 34% acima da média no caso potiguar. A construção civil também apresentou desempenho positivo, especialmente na Bahia (1.593 vagas) e no Ceará (1.462). Em termos proporcionais, a construção representou fatias expressivas do saldo total em estados como Sergipe (28,6%), Maranhão (26,1%) e novamente o Ceará (25,3%).
O comércio respondeu por 976 novos empregos na Bahia e 828 no Maranhão, o que corresponde a 35% do saldo regional no setor. Em Alagoas, a atividade comercial foi responsável por impressionantes 92,3% do total de vagas criadas. Já a agropecuária contribuiu com 4.359 novos postos, sendo mais da metade puxada pela Bahia, com 2.558 contratações. Apenas Maranhão e Paraíba tiveram saldos negativos leves nesse setor, com -86 e -35 vagas, respectivamente. “Os números consolidam a recuperação observada na região em abril”, analisa o economista da Sudene, Miguel Vigueira. “Chama a atenção o forte resultado no setor Industrial, com saldo de 9.272 novos postos de trabalho, revertendo o saldo negativo observado em abril. Esse número representa 20% do saldo total da Região. Com relação aos estados, o Rio Grande do Norte representou 32% do saldo da região no setor Industrial”, complementou.
Ascom Sudene