Com apresentações culturais, emoções e discursos apaixonados, o III Fórum de Aprendizagem do Senac Alagoas concretizou a atuação das instituições formadoras em prol dos Jovens Aprendizes. Realizado em Maceió e em Arapiraca, nos dias 11 e 13 de junho, o evento reuniu aprendizes, empresas e autoridades que lutam pelo fortalecimento da Aprendizagem e pelos direitos das crianças e dos adolescentes.

Nas duas cidades, o Fórum de tema “Narrativas de Jovens Aprendizes: desafios, oportunidades e inclusão” contou com apresentações culturais sobre inclusão e diversidade durante a abertura do evento. Em Maceió, o ex-aprendiz da Instituição, João Victor Moura, conhecido como JV, cantou um rap sobre sua trajetória no programa de aprendizagem. Já em Arapiraca, os alunos realizaram uma encenação de um trecho do filme “O Auto da Compadecida”, simbolizando a desigualdade social e a oportunidade de renascer e construir uma nova história através do aprendizado profissional.

O presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac Alagoas, Adeildo Sotero, esteve presente no evento representando todos os gestores do Senac Alagoas e parabenizou o alcance do Senac Alagoas e as novas perspectivas que essa experiência oferece aos jovens. “Esse trabalho de aprendizagem realizado pelo Senac em todo o estado, em parceria com os municípios, é muito importante, porque o Senac consegue levar a educação profissional a toda a juventude, mudando a vida desses jovens e dos seus familiares. Somos gratos a todos os alunos que lotaram o ginásio e participaram dessa ação”, disse o presidente.

Para a gerente de Educação Profissional do Senac Alagoas, Rafaela Acioli, a aprendizagem tem um papel fundamental na transformação social por meio da educação e o fórum dá essa visibilidade: “Às vezes a gente não tem ideia de quantas vidas a gente transforma. O programa de aprendizagem é uma ferramenta para a inserção de jovens no mundo do trabalho. Ele promove não apenas o desenvolvimento técnico, mas também a construção da autonomia, da cidadania e do protagonismo juvenil. Esse fórum é um espaços de articulação entre instituições formadoras, empresas e governo, e reconhece a voz do jovem”, falou.

Protagonismo jovem

Para dar voz aos jovens, o evento promoveu uma roda de conversa, onde os aprendizes e ex-aprendizes falaram sobre a entrada no mercado de trabalho, os desafios e as oportunidades que eles vivenciaram nessa transição da adolescência para a vida adulta.

Uma delas foi a Laís Brito, egressa do curso de Aprendizagem do Senac Alagoas e atual assistente social do CIEE, que compartilhou emocionada a sua vivência no programa. “Passei pelo trabalho infantil até que minha família e eu entendemos o que é isso, e os problemas que ele causa. Então, ingressei na Aprendizagem do Senac, no mesmo lugar que esses jovens estão hoje, e afirmo que é impossível sair da aprendizagem do mesmo jeito que se entrou. Por isso, tenho muito orgulho de fazer parte do programa até hoje”, contou Laís.

O aprendiz Cauã Jeferson Soares contou um pouco de sua trajetória durante a roda de conversa. “Já trabalhei informalmente porque estava ávido para entrar no mercado de trabalho. Mas foi ao entrar na aprendizagem que percebi a diferença e a importância do trabalho formal, de nós, enquanto jovens, conhecermos nossos direitos, lutarmos para preserva-lós e para ajudar outros jovens que podem estar em uma situação de vulnerabilidade”, disse.

Em Maceió, participaram do momento Alonso Filho, juiz do trabalho e presidente da Amatra 19; Cláudia Soares, procuradora do Ministério Público do Trabalho e coordenadora Regional da Infância; Ednaldo da Silva Lima, juiz do Trabalho; Iara Nunes, representante da CIEE; Leandro Carvalho, auditor-fiscal do Trabalho e secretário executivo da Pessoa com Deficiência; Munike Israel, gerente do CEP Carlos Milito do Senac Alagoas; Nelma Nunes, presidente da Fetipat; e Priscila de Morais, representante da Secretaria de Estado da Cidadania e da Pessoa com Deficiência (Secdef/AL); o aprendiz da Soprobem, Micael Dias Sant’Anna, e a aprendiz do CIEE, Bianca Mirela Navarro Tenório.

Presença das autoridades

Para abordar o ponto de vista legal da Aprendizagem, autoridades e representantes das instituições formadoras foram convidados ao palco para discutir os pontos levantados previamente pelos aprendizes.

Katerina Volcov, secretária-executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), mediou a conversa. “Os jovens sabem melhor do que a gente sobre as dificuldades que passam no dia a dia. Nós, enquanto, representantes e responsáveis por esse programa, precisamos ouvi-los para desenvolver estratégias e soluções efetivas, que ajudem na proteção e no desenvolvimento das nossas crianças a adolescentes”, explicou ela.

Durante a roda de conversa, foram abordados temas como abuso e exploração sexual dos adolescentes, vulnerabilidade dos jovens no ambiente de trabalho e no meio digital, descriminação, e o papel das instituições formadoras na proteção e na vida dos aprendizes.
A Gerente do CEP Senac do Agreste, Rosely Alves, integrou um dos momentos de conversa e ressaltou como o Senac Alagoas trabalha para transmitir seus valores aos aprendizes.

“Estamos muito felizes com o auditório com mais de 500 alunos do programa de aprendizagem, falando sobre oportunidade, desafio e inclusão. Nós nos emocionamos com esse programa, porque de fato é algo que o Senac tem um carinho, um cuidado, um zelo muito grande, porque ele concretiza a nossa missão, que é transformar vidas. Nós vemos isso no dia a dia, eles vencerem os desafios, aprendendo sobre inclusão e agarrando as oportunidades que são dadas”, afirmou.

Em Arapiraca, participaram ainda a secretária Municipal de Desenvolvimento Social, Fabrícia Galindo, representando o prefeito Luciano Barbosa; a coordenadora do FETIPAT, Nelma Nunes; a procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT) em Arapiraca, Marcela Dória; aa gerente do Senac Agreste, Rosely Alves; da vice coordenadora Nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente, Coordinfancia do MPT, Cláudia Soares; e do magistrado e gestor do Programa de Combate ao Trabalho Infantil do TRT, Ednaldo Lima. 

Os jovens aprendizes participantes foram Rebeca Grigorio, Ingrid Stefany e Emily Sophia, da Soprobem. Fundamentais para o cumprimento e o fortalecimento do programa no estado, as empresas que compareceram ao evento receberam o Selo de Aprendizagem como uma homenagem e como um símbolo do compromisso que elas têm com o futuro dos jovens alagoanos.

Ascom Senac/AL

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