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Gastrite: entenda os sintomas e descubra os mitos da doença

06/09/2024
Gastrite: entenda os sintomas e descubra os mitos da doença
Fotos: Dicom TJAL.

“Gastrite não é sinônimo de dor no estômago”, afirmou o médico especialista em gastroenterologia e endoscopia digestiva do TJAL, Lucas Gama, ressaltando que existem alguns mitos em torno do problema de saúde.

Apesar de ser comumente conhecido como um desconforto estomacal, a gastrite é caracterizada como uma inflamação na mucosa do estômago, provocada por alterações histopatológicas, ou seja, anormalidades nos tecidos.

A fim de desmistificar alguns aspectos deste problema de saúde e alertar magistrados e servidores, a Diretoria Adjunta de Saúde e Qualidade de Vida (DASQV) detalhou a temática.

Podendo ser uma doença com um tempo definido ou se manifestar sem perspectiva de resolução, a gastrite pode ocorrer na sua forma aguda, quando associada a um agente específico, ou crônica, devido ao estilo de vida do paciente.

Sintomas e causas


O especialista explica que a definição mais adequada para gastrite seria dispepsia, um termo que engloba os sintomas de inflamação do estômago, como dor, queimação, sensação de estômago cheio, saciedade precoce.

Entre as diversas causas, as mais importantes são a gastrite pelo uso de antiinflamatórios e pela infecção da bactéria Helicobacter pylori, ou só H. pylori.

Já a causa mais comum, segundo o médico do TJAL, é a dispepsia funcional, que é associada à sensibilidade gástrica a alguns alimentos e às alterações emocionais, como ansiedade e estresse, que resultam na popularmente chamada “gastrite nervosa”.

Independente da razão deste mal, os sintomas continuam os mesmos, além de má digestão, dor abdominal alta, náuseas, vômitos e até perda de apetite.

Diagnóstico e tratamento


O exame clínico, feito pela análise dos sintomas, é o primeiro passo para o diagnóstico. A biópsia da mucosa gástrica é necessária para identificar a presença de males como o H. pylori.

“A realização do exame de endoscopia digestiva alta é importante”, frisou o gastroenterologista, salientando que a investigação médica também é essencial para prevenir outras doenças com traços semelhantes como úlcera e tumores.

Após a confirmação diagnóstica, não é preciso realizar exame de endoscopia periodicamente. O exame só deve ser feito em caso de mudança dos sintomas, ou quando o médico julgar indispensável

Em relação aos tratamentos, o principal deles é o ajuste da alimentação. A depender das especificidades do paciente, algumas comidas precisam ser evitadas, com as gordurosas, com condimentos, além dos excessos no consumo alcoólico e de café

O processo medicamentoso também é realizado de modo individual, conforme os sinais indicados por cada pessoa, que poderá ser um tratamento de curto ou longo prazo, a depender da gravidade dos sintomas e da resposta clínica

Por fim, o especialista do TJAL faz uma diferenciação entre gastrite e a esofagite, uma doença geralmente confundida com ela. “A esofagite é a inflamação do esôfago, cuja principal causa é a doença do refluxo gastroesofágico, que não possui relação direta com gastrite”

Carol Neves - Dicom TJAL