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Custodiadas do Presídio Santa Luzia serão atendidas pela Justiça Restaurativa

O Poder Judiciário de Alagoas irá implantar ações de Justiça Restaurativa no Sistema Prisional do Estado, a partir deste mês. As custodiadas do Presídio feminino Santa Luzia serão as primeiras a serem atendidas pela iniciativa. As diretrizes de implantação foram traçadas nesta sexta (4), durante reunião na 16ª Vara de Execuções Penais, com o juiz Alexandre Machado.
Segundo a juíza Juliana Batistela, que é uma das coordenadoras do Núcleo de Justiça Restaurativa do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), a escolha do presídio feminino levou em consideração a situação peculiar vivenciada pelas mulheres durante e após o cárcere.
“Vamos começar pelo Presídio Santa Luzia com círculos restaurativos e essa cultura de paz que a gente quer trazer. As mulheres recebem poucas visitas dos familiares e ao saírem, normalmente irão conduzir um grupo familiar. Então trazer essa cultura de paz, por meio da Justiça Restaurativa, vai ser muito importante para elas ”, destacou a magistrada.
Para Geú Henrique, chefe de Serviços Penais da Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris), a proposta é proporcionar um tratamento humanizado aos custodiados, proporcionando restauração entre vítima e agressor.
“É uma atuação do Estado de forma intencional e que se reverte inclusive na possibilidade de uma remição de pena. Sem dúvida, é uma prática muito valiosa para a sociedade, para a Seris e para a Polícia Penal”, ressaltou Geú Henrique.
Após a reunião, o grupo visitou o presídio feminino, que fica dentro do Complexo Penitenciário de Maceió, para verificar as instalações e as condições para a realização das atividades de Justiça Restaurativa.
Núcleo de Justiça Restaurativa
Implantado em março de 2018 no Judiciário alagoano, o Núcleo de Justiça Restaurativa passou a ajudar vítimas de violência doméstica e conscientizar os agressores para além da pena. Atualmente, o método é utilizado nas varas de Infância e Juventude no âmbito cível, na 16ª Vara de Execuções Penais e na esfera extrajudicial com ações em escolas públicas por meio do Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE).
Dicom TJAL