Beirando os confins do que pode ser, está repousada a Casa da Mata. Um local onde a liberdade reside, com as portas e janelas da percepção abertas.

É por lá que circulam os ventos mais sutis surgindo no vão do teto, percorrendo os lugares onde deveriam estar os móveis, até encontrarem a outra extremidade, a deixar seu último sopro físico de vida.

Eles, os ventos, respiram na mesma dinâmica que Ayrton Bispo nas baquetas, Nardel Guedes nas seis cordas, Breno Airan nas linhas vocais e de baixo e Alan Lins nas guitarras e microfones.

O som que ecoa de dentro para fora é um uníssono que quer ser ouvido, como aqueles assovios melódicos que nos aparecem do nada e ficam ressoando em nossa cabeça sem parecer incômodo algum.

Com um rock calcado nos anos 1970 e suas múltiplas possibilidades de revisitação pelo blues e soul, a banda é de Arapiraca-AL, mas não se limita a dizer que é apenas de lá: é do mundo, é sem porteiras.

Decerto, a Casa da Mata simboliza também a liberdade em suas composições, as quais não seguem padrões quaisquer. As influências vão desde Zé Ramalho a Led Zeppelin, do jazz à música erudita, do chirriar da coruja até o balido das ovelhas sem dono.

Apresentando sua Música ao mundo, o quarteto lançou durante o Réveillon de 2016 o single “Coruja Roxa” na plataforma BandCamp: casadamata.bandcamp.com.

Tendo um repertório 100% autoral, no currículo, eles integraram o cast do festival “Arapiraca, Cidade do Rock”, em 2015; o show de lançamento do 1º CD da Verena, em 2015; a retomada do projeto “Dom na Caixa”, na Casa da Cultura de Arapiraca, em 2016; “São João de Arapiraca – Polo Multicultural”, em 2016; abrindo o tributo a Raul Seixas da banda Cachorro Urubu, em performance também em 2016 no Orákulo, em Maceió; o festival autoral “ARARA”, em 2016; e pré-Carnaval alternativo “Fique de Bowie”, em 2017; e o festival “Rock Pró Cultura”, em 2017.

Que sejam, então, abertas sempre as cortinas para que os sons dessa casa ecoarem para além do horizonte tricolor alagoano.