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Acréscimo no 1º decênio do FPM não pode ser parâmetro para 2018, diz Hugo Wanderley

09/01/2018
Acréscimo no 1º decênio do FPM não pode ser parâmetro para 2018, diz Hugo Wanderley

FPMO presidente da Associação dos Municípios Alagoanos  (AMA), Hugo Wanderley disse nesta terça, 9, que o primeiro decênio do FPM de 2018, a ser creditado nas contas dos municípios alagoanos nesta quarta-feira, pouco mais de R$ 59 milhões, não pode ser parâmetro para os demais meses de 2018. “No início de 2017 tivemos uma boa expectativa, mas o resultado do final do ano foi uma grande retração. Só conseguimos pagar as contas por causa de nossa mobilização que resultou em conquistas, como 1% a mais no FPM e parcelamento da dívida previdenciária”.

Hugo Wanderley alerta ainda que não há previsão para que todos os meses de 2018 sejam assim e explica que os primeiros meses do ano são sempre melhores de arrecadação, por conta de fatores macroeconômicos que alteram a arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e também do Imposto sobre a Renda (IR), principais componentes do Fundo. Essa é a razão do montante ser 10,78% maior, em comparação com o primeiro decêndio de 2017, em termos nominais, sem considerar os efeitos da inflação e, considerando os efeitos inflacionários de 8,49%.

Wanderley recomenda aos gestores sempre cautela e planejamento financeiro, tendo em vista o cenário político e econômico ainda é instável. Lembra os reajustes neste início de ano, como o piso dos professores e o salário mínimo, que deverão sobrecarregar os cofres municipais, bem como as tarifas, insumos, reajustadas muito acima da inflação e os programas federais que continuam subfinanciados e exemplifica, por exemplo, com a merenda que tem um custo diário por aluno de R$ 4,50 e os municípios só recebem uma contrapartida de R$ 0,36; o programa saúde da família cuja equipe custa mensalmente R$ 48 mil e o repasse fica entre R$ 7.130 a 10.695 e ainda o transporte escolar, com valor por aluno mês de R$ 114,00 e que os municípios só recebem R$ 12,00.

Os municípios de menor alíquota, 0.6, vão receber R$ 299.951,87; o de maior alíquota, Arapiraca, receberá R$ 3.239.888,17 e a capital, Maceió, R$ 14.134.162,38.

Fonte: Ascom AMA