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1º dia do Mês Nacional do Júri tem dois julgamentos na capital e um no interior

Magistrado John Silas conduz julgamento que deve terminar por volta das 21h. Foto: Itawi Albuquerque
Dando início às atividades do Mês Nacional do Júri, o Poder Judiciário de Alagoas promoveu, neste dia 1º, três julgamentos, dois na capital e um em Maragogi. Ao todo, serão realizados 133 júris durante o mês de novembro em todo o estado.
“Estamos dando prioridade aos processos mais antigos. Temos processos de 2009, 2010, e 2011, por exemplo. A importância do Tribunal do Júri é exatamente para a Justiça e para a própria sociedade, que é quem vai julgar um outro membro da sociedade que possa ter praticado um ato irregular, ilícito ou criminoso”, explicou o juiz Sóstenes Alex Costa de Andrade, titular da 7ª Vara Criminal da Capital, que presidiu um dos júris desta quarta-feira (1).
A força-tarefa é promovida anualmente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Além dos 88 júris pautados para o Mês do Júri, também ocorrerão, em novembro, 45 júris concentrados nos dias 13, 21 e 27, nas faculdades Seune e Cesmac.
Esses 45 julgamentos serão realizados pelas três varas especializadas da capital; sétima, oitava e nova varas criminais. No Cesmac, as sessões ocorrerão no campus de Direito, na avenida Iris Alagoense, Farol. A Seune fica na avenida Dom Antônio Brandão, 204, Farol.
“Se todos esses processos forem julgados, vai desafogar bastante o Judiciário, e a sociedade poderá ver o resultado desses julgamentos. Poderá ver que realmente o crime não compensa. Esperamos que realmente ocorram todos esses júris, que os processos tenham o seu regular andamento, e que todos tenham julgamento justo, como prevê a lei”, afirmou o juiz John Silas da Silva, titular da 8ª Vara Criminal da Capital, que está conduzindo o julgamento de José Alan Carneiro da Silva.
Com previsão de término às 21h desta quarta-feira (1), o 2º Tribunal do Júri julga José Alan Carneiro da Silva, acusado de homicídio qualificado contra Nadjane Nascimento Garcia. O crime ocorrido em 18 de julho de 2011, na Favela da Torre, no bairro Trapiche da Barra.
Segundo os autos, a vítima foi morta por disparos de arma de fogo enquanto dormia em seu barraco. Testemunhas relataram que Nadjane teria furtado uma bicicleta da vizinha, no dia anterior. Em depoimento, o réu negou a autoria do crime.
Juiz Sóstenes de Andrade também conduziu um júri popular no Fórum da Capital. Foto: Itawi Albuquerque
Júris finalizados
No julgamento conduzido pelo juiz Sóstenes Alex Costa de Andrade, no 1º Tribunal do Júri, o réu Patric Luiz de Araújo, foi absolvido pelo Conselho de Sentença e teve sua prisão revogada.
De acordo com a denúncia contra Patric, os acusados identificados como “Pires”, “Rafa”, “Rafinha”, “Chocolate” e “Gordinho”, deflagaram tiros de arma de fogo contra as vítimas Paulo Henrique Santana do Nascimento e Jhonata Henrique de Lira, que teriam sido atraídas para o local do crime por Patric Luiz.
Já na Comarca de Maragogi, o réu Eliel José da Silva foi condenado, por homicídio simples, a pena de nove anos e dois meses de prisão, a ser cumprida em regime inicialmente fechado. No dia 30 de abril deste ano, o réu matou o próprio irmão Elionildo José da Silva, com uma arma “soca-tempero”. O julgamento foi conduzido pelo magistrado Diogo Furtado, titular da unidade.
Matéria referente ao processo nº 0027017-31.2010.8.02.0001, 0000758-23.2015.8.02.0001 e 0800121-14.2017.8.02.0019
Karina Dantas - Dicom TJ/AL