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Esmal leva palestra sobre ECA para 250 jovens do bairro Vergel do Lago

18/10/2017
Esmal leva palestra sobre ECA para 250 jovens do bairro Vergel do Lago
Escola do Vergel do Lago passava por situações de conflito. Escola do Vergel do Lago passava por situações de conflito. (Fotos: Rebecca Bastos)
“Eu não sabia como funcionava o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e nem que, além das minhas obrigações, eu também tenho direitos que devem ser respeitados”, disse Kauan Gabriel Oliveira, de 14 anos. Ele foi um dos 250 alunos do ensino fundamental da Escola Estadual José Oliveira Silva, localizada no bairro Vergel do Lago, que participaram de uma palestra sobre o Estatuto na tarde desta terça-feira (17).  A ação, promovida pelo Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE), contou com a participação da assistente social do Juizado da Infância e da Juventude, Edjane Padilha, que  conversou com os jovens sobre os direitos e deveres do cidadão.

De acordo com a servidora do PCJE, Ana Valéria Moura Pitta, a escola, apesar de não ser uma das contempladas pelo programa, recebeu a visita da equipe após solicitação da Secretaria de Estado da Educação (Seduc). “Por conta de problemas e conflitos recorrentes, pediram que viéssemos conhecer os estudantes e buscássemos dialogar com os jovens, para tentar entender o que eles precisam e o que vem acontecendo na escola”, explicou.

“Conversando um pouco com os estudantes, foi possível perceber como o ambiente em que eles vivem é hostil e difícil. Promovendo o diálogo e trabalhando com a divulgação de informações importantes, estamos contribuindo para que os jovens construam um senso crítico, tenham condições de fazer escolhas e contribuam como cidadãos conscientes na sociedade”, afirmou a assistente social Edjane Padilha.

Após a atividade, os alunos tiraram dúvidas e expuseram os problemas enfrentados dentro e fora do ambiente escolar.

Para a diretora da escola, Maria Fabiana da Fonseca, muitos dos alunos não têm perspectiva de um futuro melhor, e projetos como este são importantes para mostrar que existem outras maneiras de crescer e lidar com as dificuldades. “A realidade externa, de violência e criminalidade, influencia fortemente no modo como eles agem aqui na escola. Trazer pessoas para conversar com os alunos é de extrema importância porque todos precisam de exemplos bons e de alguém que mostre que eles têm direitos também”, contou a diretora.

Rebecca Bastos - Esmal TJ/AL