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TJ/AL unificará secretarias para quintuplicar produtividade de servidores


O presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, Otávio Leão Praxedes, determinou que sejam tomadas de imediato todas as providências necessárias para a instalação de uma Secretaria de Processamento Unificado no Judiciário estadual, em reunião nesta sexta-feira (13). A intenção é que o órgão comece a atuar já em 2017, de forma experimental, e depois seja ampliado para todo o estado.
A medida será um marco para a Justiça alagoana, já que tem potencial para acelerar fortemente o andamento dos processos, ao multiplicar por cinco a produtividade dos servidores que atualmente trabalham nas secretarias individuais das Varas, também conhecidas como cartórios.
O assunto foi debatido em reunião com o desembargador Domingos de Araújo Lima Neto, coordenador do Comitê de Gestão de Tecnologia da Informação e Comunicação do TJ/AL, e outros juízes e servidores envolvidos no projeto. A proposta surgiu após visita de Domingos Neto ao TJ de Mato Grosso do Sul, em 5 de outubro, onde pôde conhecer o funcionamento de um órgão do tipo, lá chamado de Central de Processamento Eletrônico (CPE).
“A Presidência está abraçando de forma total essa proposta, poque é a Justiça do futuro. Nós temos que avançar com isso”, disse o desembargador Otávio Praxedes. O coordenador do Comitê de Tecnologia garantiu que a unificação dos cartórios não retira nenhuma competência dos magistrados.
“O Cartório Unificado serve para cumprir as decisões de forma rápida e eficiente. No Mato Grosso do Sul, a Central multiplica por cinco a força de trabalho dos servidores. Lá, são 178 servidores no Cartório, que movimentam 40% dos processos do estado. É o primeiro passo de um caminho sem volta para o futuro do Judiciário”, afirmou Domingos Neto.
“Só poderíamos ter a dimensão do que é o Cartório, presenciando como funciona”, disse o juiz auxiliar da Presidência Hélio Pinheiro, que também foi ao Mato Grosso do Sul. “É algo extraordinário. Eles centralizam num único ambiente o cumprimento dos atos processuais. A consequência disso é que a unidade vai precisar de menos servidores e isso vem muito a calhar no nosso caso”, continuou o magistrado.
Hélio Pinheiro explicou que vários fatores contribuem para a produtividade maior dos servidores da CPE, como a especialização do trabalho e o fato de que eles não precisam atender advogados e partes do processo, como ocorre nos cartórios das Varas. Outra grande vantagem é facilidade de treinamento, já que o setor de tecnologia pode capacitar todos em um mesmo local.
Também participaram da reunião os juízes Maurício Brêda, Ygor Figueirêdo e Alexandre Leinine; o diretor-geral Alexandre Sodré; o chefe do Departamento de Engenharia e Arquitetura, Jorge Lira; o diretor de Tecnologia da Informação, José Baptista; e outros servidores envolvidos.
Fonte: Dicom TJ/AL