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Judiciário alagoano inicia Semana da Justiça pela Paz em Casa

22/08/2017
Judiciário alagoano inicia Semana da Justiça pela Paz em Casa
Juiz Paulo Zacarias, titular do Juizado de Violência Doméstica, durante audiência nesta segunda (21)Juiz Paulo Zacarias, titular do Juizado de Violência Doméstica, em audiência nesta segunda (21)

O Poder Judiciário de Alagoas iniciou, nesta segunda (21), o mutirão de audiências referente à Semana da Justiça pela Paz em Casa, período em que toda a Justiça do país intensifica a atenção aos processos envolvendo violência doméstica contra a mulher. Foram pautadas 379 audiências em Alagoas, sendo 329 em Maceió e 43 em Arapiraca, onde há unidades especializadas, e as demais em Palmeira dos Índios e Santana do Ipanema.

Além de agilizar as ações, visa chamar a atenção da sociedade para o problema, como explica José Miranda Santos Júnior, juiz auxiliar do Juizado de Violência Doméstica de Maceió.

“Estamos em 'mutirão' desde o início do ano, fizemos muitas audiências, mas agora com a ajuda dos colegas, estamos colocando em dia a questão das medidas protetivas”, disse Miranda, que também é subcoordenador da Coordenadoria da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, órgão que tem à frente a desembargadora Elisabeth Carvalho.

Outros dois magistrados auxiliam o juiz titular, Paulo Zacarias, durante o mutirão: André Gêda, coordenador da Justiça Itinerante, e Diogo Furtado, titular da Comarca de Maragogi.

“Vamos ter uma baixa grande do acervo processual. É uma semana muito importante porque as mulheres se sentem empoderadas, sabendo que a Justiça está atenta às suas demandas, suas queixas. Elas aqui são ouvidas, têm uma equipe técnica multidisciplinar de psicólogas e assistentes sociais para dar o apoio necessário”, afirmou Paulo Zacarias.

Além de acompanhar as audiências, a equipe multidisciplinar do Juizado garante um apoio que vai além das questões judiciais. “A gente faz o atendimento pós-audiência tanto com a pessoa que está sendo acusada, quanto com a pessoa que está acusando, com orientação para prevenção de novas situações de violência, esclarecimento sobre a Lei Maria da Penha e sobre os equipamentos da Rede de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência”, explica a assistente social Monique Santos.

O magistrado José Miranda reforça que as vítimas não devem ter medo de procurar uma delegacia e dar sequência ao processo judicial. “Mulher não é propriedade de homem e não tem que aceitar violência de homem. Os homens não vão deixar de sustentar os filhos se forem punidos, as obrigações continuam. Nós temos aplicado várias medidas mensalmente e na grande maioria das vezes, não há reincidência”. Fonte: Dicom TJ/AL