O tempo está acabando. Em 2018, todas as empresas brasileiras devem aderir ao eSocial, um projeto da União que envolve a Receita Federal, o Ministério do Trabalho, o INSS e a Caixa Econômica Federal com o intuito de consolidar as obrigações acessórias da área trabalhista em uma única entrega.

E para mostrar aos contadores de empresas que a adequação ao novo sistema não é um bicho de sete cabeças, o Serviço Social da Indústria (Sesi) reuniu a categoria na manhã desta sexta-feira, 26, na Casa da Indústria Napoleão Barbosa, durante o Café Contábil.

No evento, eles conheceram as soluções que o Sesi oferece na gestão de Saúde e Segurança na Indústria (SSI), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas (Sebrae). São programas essenciais para, no futuro, evitar multas e até interdições das empresas que não atendam às normas exigidas.

“A gente sabe que o eSocial ainda assusta bastante muitos empresários. Essa troca de conhecimentos é uma forma de quebrar isso e mostrar que o Sesi está preparado, está junto da indústria e quer contribuir. O contador é a grande porta de entrada para poder apresentar essa solução”, afirma o superintendente executivo do Sesi/AL, Carlos Alberto Pacheco Paes.

O presidente do Sindicato dos Contabilistas de Alagoas (Sindcont/AL), Luiz Reinaldo, destaca que, com a obrigatoriedade do eSocial, naturalmente, a demanda pelas adequações crescerá. O Café Contábil, acrescenta ele, foi muito importante em termos de sensibilização dos contadores.

“Essa iniciativa é sensacional porque, além da questão técnica, ainda tem os subsídios apresentados. Os valores que nós iremos repassar para os nossos clientes são altamente atrativos e eu não tenho dúvida do sucesso do programa”, afirmou. Por meio do Sebraetec, 80% do valor da assessoria é subsidiado. Cabe ao empresário investir 20%, que podem ser parcelados em até dez vezes.

Um dos setores que adotou a gestão de SSI, em parceria com o Sesi e o Sebrae, é o de Panificação e Confeitaria. A administradora Rosana Costa conta que as empresas estão se adequando às Normas Regulamentadoras (NRs) e adotando um sistema cada vez mais parecido com o do eSocial. O trabalho começou em 2016, com amplo apoio do sindicato do segmento empresarial, o Sindipan. “O valor de custo é irrisório perante os benefícios que trazem para o ambiente de trabalho”, diz.

Durante o evento, o médico do trabalho Gustavo Nicolai, executivo especialista do Departamento Nacional do Sesi, proferiu a palestra “Contador: Como apoiar as micro e pequenas empresas para as exigências do eSocial em Segurança e Saúde no Trabalho”.

Em seguida, a engenheira de segurança, fisioterapeuta do trabalho e assessora técnica Sesi/AL, Ludmilla Mota, abordou o tema “Gestão estratégica de segurança e saúde no trabalho para micro e pequenas empresas”.

Fonte: Ascom Sesi/AL