Os processos criminais de Alagoas terão em breve uma ferramenta importante que tende a acelerar a conclusão dos casos: a videoconferência. A previsão é que em cerca de um mês, todas as unidades com competência criminal do estado possam fazer audiências à distância com presos do Complexo Penitenciário de Maceió e do Presídio do Agreste. Nesta sexta-feira (8), o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, desembargador Washington Luiz Damasceno Freitas, esteve no Núcleo Ressocializador da Capital, onde já estão prontas três salas de videoconferência, para constatar a devida instalação dos equipamentos. “Além da segurança e agilidade dos procedimentos para o Judiciário, o Estado vai economizar, porque vai deixar custear despesas com transporte. É uma coisa de primeiro mundo”, destacou Washington Luiz, que frisou também a importância da parceria do Governo de Alagoas no projeto. Ao testar os equipamentos, o desembargador Washington Luiz conversou com o juiz Geraldo Amorim, que estava na 17ª Vara Criminal da Capital, no Barro Duro. O juiz relatou que as varas criminais vêm sofrendo em virtude da não locomoção dos presos, por dificuldades do Governo. “A Justiça e a sociedade agradecem por essa iniciativa, interagir em tempo real, sem oneração para o Estado e com maior segurança para administração da Justiça”, afirmou o magistrado. As instalações estão sendo realizadas pela Diretoria Adjunta de Tecnologia da Informação do TJ (Diati). “Vale considerar que Alagoas saiu na frente porque já iniciou com foco no sistema prisional, a integração com os presídios”, avalia do diretor da Diati, José Baptista. Além do Núcleo Ressocializador, os equipamentos estarão disponíveis em duas salas no Presídio do Agreste e em 34 unidades judiciais, incluindo os Tribunais do Júri de Maceió, que terão uma estrutura de maior porte, assim como Pleno do TJ e o auditório da Escola Superior da Magistratura de Alagoas (Esmal).