Uma equipe do Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas) da Secretaria de Assistência Social de Maceió (Semas) acompanhou, nesta quarta-feira (06), a operação da Superintendência de Limpeza Urbana (Slum) que retirou cerca de 15 toneladas de lixo que estavam acumuladas em uma residência no bairro do Rio Novo. O Seas foi o responsável pela assistência psicossocial e pelos primeiros encaminhamentos dados à dona do imóvel, uma senhora de 80 anos de idade. As primeiras informações, necessárias para o diagnóstico social da idosa, foram colhidas pelas psicólogas da Semas, Priscila Carnaúba e Luciana Batista, e pela educadora social Diana Jacinto. Como a senhora apresentava forte recusa para aceitar que o material fossem retirado do imóvel e sinais de transtornos mentais, as profissionais da Abordagem Social realizaram um atendimento individual e através do diálogo conseguiram convencê-la dos riscos que o material acumulado traz para a vida da família. A equipe da Semas também garantiu a integridade dos documentos de identificação e de parte dos bens materiais, conforme pedido pela senhora, como forma de condicionalidade para “autorizar” que as equipes da Slum trabalhassem. “Quando nós chegamos, a senhora estava bastante alterada. Explicamos para ela que estávamos ali para garantir que os direitos dela fossem cumpridos e que jamais iríamos retirá-la de casa. Logo após a entrevista que fizemos, acionamos uma equipe do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) que deve acompanhá-la e providenciar o encaminhamento da idosa aos serviços de saúde”, explicou Priscila. Ainda segundo a psicóloga, o filho de dona Maria deve ser encaminhado para uma unidade de acolhimento à dependentes químicos e a senhora vai continuar sendo acompanhada pelas equipes da Semas. “É um trabalho muito delicado porque envolve vínculo familiar e nós não podemos quebrá-lo. Pelo contrário, já temos algumas informações de alguns parentes da dona Maria que serão acionados e também vão receber o nosso acompanhamento”, concluiu Priscila. A idosa se recusou a sair da residência, quando convidada a se dirigir a um local mais seguro. Ela preferiu acompanhar todo o processo da operação da Slum, que deve se estender por, pelo menos, mais um dia, dentro da própria casa. Mesmo nessas condições, ela continua recebendo os cuidados do Seas e do Creas. Caso seja necessário, qualquer outro serviço da Semas será acionado.
