Com um cardápio de material de limpeza diversificado, o projeto Produção Mais Limpa, criado desde 2006 pela Associação de Moradores e Amigos de Barreiras, em Coruripe, vem se destacando entre os mais bem mais sucedidos empreendimentos de economia solidária do Estado. Esse foi um dos motivos que levou o secretário de Estado do Trabalho e Emprego, Rafael Brito, acompanhado da equipe técnica da Secretaria do Estado de Trabalho e Emprego (Sete), visitar a sede do projeto durante o Governo Presente, ocorrido durante os dias 28 e 29 na cidade de Coruripe e municípios circunvizinhos. Ao conhecer de perto a iniciativa, Brito se surpreendeu com a capacidade de produção e a qualidade dos produtos, como sabão em barra, desinfetante, água sanitária e detergente, cuja marca tem um nome bem sugestivo: Limpus. “O sucesso desse empreendimento demonstra que economia solidária é uma atividade de produção que dá certo. É um jeito de consumir produtos locais saudáveis e a baixo custo, que ajudam a preservar o meio ambiente. Por isso, o Governo de Alagoas apoia esses investimentos”, declarou o secretário. A principal matéria-prima do sabão é o sebo bovino conseguido no matadouro local por meio de uma doação da Prefeitura de Coruripe. Depois de misturado com óleo reciclado e colocado na máquina, o produto sai inteiro e é cortado em barras. A produção atual é de quatro mil quilos por mês. Além dos produtos de limpeza, a associação também desenvolve outro projeto de fabricação de vassouras a partir de garrafas pet. O empreendimento auxilia na coletiva seletiva da cidade e produz cerca de 20 vassouras por mês. O presidente da Associação de Moradores e Amigos de Barreiras, José Roberto Faustino dos Santos, conta que ao fundar a entidade percebeu a necessidade de criar uma atividade que gerasse renda para a população carente do local. “Criamos um núcleo dentro da associação, buscamos capacitação, parceiros e apoio da comunidade para iniciar um negócio que iria ajudar a melhorar a vida de todos. No começo foi difícil. A gente vendia de carro de mão, depois de carroça, em seguida numa carrocinha puxada por uma motocicleta e hoje temos um carro próprio do projeto. Com muito esforço melhoramos e acreditamos avançar ainda mais”, ressaltou José Roberto.
