A Exposição 800 anos da Magna Carta, foi aberta na tarde desta quarta-feira (25/11), no Memorial Pontes de Miranda da Justiça do Trabalho em Alagoas. Promovida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região (TRT/AL), em parceria com a Faculdade de Ciências Jurídicas de Maceió (FAMA) e a Embaixada do Reino Unido no Brasil, a abertura da mostra foi marcada pela realização de um ciclo de palestras sobre a Magna Carta, que terá continuidade nesta quinta-feira, a partir das 17h, no Pleno do Regional. A exposição segue no 3º andar do TRT/AL até o dia 3 de dezembro. O diretor da Escola Judicial do TRT/AL, desembargador João Leite de Arruda Alencar, fez a saudação os presente e destacou a relevância da documento histórico para o âmbito jurídico. Para o magistrado, a iniciativa conjunta com estabelecimentos de ensino é louvável e necessária para o estreitamento e conhecimento das dinâmicas das instituições. "É imprescindível fomentar a interação entre o judiciário e a academia", disse. Em seguida, o diretor geral da FAMA, Aurélio Carlos Lisboa Lima, agradeceu o acolhimento do Tribunal com a iniciativa de realizar conjuntamente a celebração dos 800 anos da Magna Carta. "Comemorar aqui no TRT de Alagoas tem toda uma simbologia; pois neste órgão busca-se a justiça nas relações de trabalho com especial observância à parte mais fragilizada dessa relação", afirmou. Na sequência, a professora doutora da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Mara Rejane Ribeiro, fez uma breve explanação acerca do documento histórico contextualizando com as circunstâncias atuais. A doutora enfatizou que os 63 artigos da Magna Carta estimulam direitos e deveres e que os direitos humanos estão em constante processo de construção. Logo após, o juiz de Direito Claudemiro Avelino falou sobre o tema "Magna Charta Libertatis - Premissa de Civilidade". O magistrado apresentou um histórico do surgimento da Carta, abordando conquistas sócio-políticas, e aprofundou a discussão sobre liberdades individuais e coletivas, direito de herdar, de ir e vir e do menor. O último palestrante da noite foi o professor da UFAL, Douglas de Assis Bastos, que explanou sobre temática "A Relação entre Educação em Direitos Humanos e a Magna Carta". Fazendo um histórico desde o ano de 1215, quando a Magna Carta foi redigida, ele falou sobre os princípios de direitos humanos nela contidos e a importância de se disseminar nos dias de hoje, de forma pedagógica, o ensino do tema direito humanos. O professor apresentou os eixos de atuação do Plano Nacional de Educação e Direitos Humanos (PNEDH), destacando a educação em direitos humanos para o ensino superior, para líderes comunitários e educação em direitos humanos e mídia. Também apresentou conceitos e questões terminológicas acerca de direitos humanos. Ao final, ele doou dois exemplares do "Caderno de Educação em Direitos Humanos - Educação em Direitos Humanos - Diretrizes Nacionais", editado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Um exemplar foi destinado à Biblioteca do TRT/AL e outro, para sorteio entre os participantes. Programação
Nesta quinta-feira, também às 17h, a programação segue com a palestra "Paralelos entre a Carta Magna e a Constituição Brasileira de 1988", do professor da Fama, Victor Fentanes. Em seguida haverá a palestra "Magna Carta e os Direitos Sociais" proferida pelo historiador e doutor em Ciências Sociais pela Unicamp, Golbery Lessa. A ideia e todo o movimento para concretizar a Exposição dos 800 anos da Magna Carta em Maceió, foi dos professores Antonio Ângelo Farias da Silva e Luâni Macário, com a turma de Latim da Fama.
