Geral
FPI do São Francisco inicia 4ª etapa do projeto neste domingo, dia 15
13/11/2015
FPI do São Francisco
O projeto foi espelhado numa experiência bem-sucedida da Bahia, iniciada no ano de 2002, sob a coordenação geral do Ministério Público Estadual daquele estado. Em Alagoas, o Programa começou a ser executado em 2014 e envolveu dezenas de instituições, que percorreram diversos municípios margeados pelo “Velho Chico”, cabendo ao Ministério Público Estadual de Alagoas o comando dos trabalhos. Por ano, ocorrem duas etapas, uma em cada semestre. Na primeira etapa de execução, em maio do ano passado, o resultado das ações foi considerado exitoso e variadas sanções foram aplicadas aos infratores. Nas duas edições seguintes, novas cidades foram alvo da FPI, fiel aos objetivos de defender o Rio São Francisco e garantir melhoria da qualidade de vida da população ribeirinha. Nove grupos são definidos para realizar o trabalho de fiscalização: equipe fauna; equipe centros de saúde; equipe de saneamento básico, abastecimento de água e esgotamento sanitário; equipe de extração mineral, resíduos sólidos e postos de combustíveis, equipe de ocupação irregular às margens do São Francisco, equipe aquática; equipe de produtos perigosos e produtos em uso de origem animal e vegetal; equipe flora; e equipe de educação ambiental. O trabalho passa então a ser executado em quatro fases – planejamento, execução, audiência pública e desdobramentos. Ao Ministério Público Estadual, por exemplo, compete formalizar Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) e fazer a propositura de ações civis públicas e penais contra pessoas físicas e jurídicas públicas e privadas que forem flagradas no cometimento de crimes ambientais.Composição
Os promotores de Justiça Alberto Fonseca e Myria Ferro – do Núcleo de Defesa do Meio Ambiente – acompanham as equipes compostas pelo Ministério Público do Estado de Alagoas, Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Secretaria da Fazenda do Estado de Alagoas, Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas, Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Agrário, Secretaria de Estado da Pesca e da Aquicultura, Polícia Militar de Alagoas e Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas. Também fazem parte o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Departamento Nacional de Produção Mineral, Polícia Rodoviária Federal, Superintendência do Patrimônio da União, Instituto do Meio Ambiente, Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Marinha do Brasil, Fundação Nacional da Saúde, Fundação Nacional do Índio, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas e Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Alagoas. Cada grupo, de acordo com o seu objetivo de fiscalização, é composto por pelo menos cinco diferentes órgãos, que, já no início da manhã, seguem, separadamente, para alvos previamente escolhidos e suspeitos da prática de agressão ao meio ambiente. O resultado do trabalho realizado durante o dia é informado às demais equipes na reunião que ocorre sempre no final do expediente.Atuação
Durante as ações de fiscalização, à medida que forem diagnosticados os danos ambientais, adota-se, de imediato, as sanções administrativas para a respectiva agressão. Além disso, claro, as informações e as constatações de cada problema servem de base para a responsabilização civil e criminal dos infratores ambientais, haja vista que, no final do plano de execução, relatórios serão enviados pelas equipes ao Ministério Público Estadual com essa finalidade. E como a operação visa colaborar com o processo de recuperação da bacia hidrográfica, inibindo a degradação provocada pelo poder público e pela iniciativa privada na região, são objetos de fiscalização nos municípios serviços como esgotamento sanitário, abastecimento de água, gerenciamento de resíduos sólidos, extração irregular de minérios, desmatamento às margens do rio e pesca predatória.Últimas notícias
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