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Tecnologia da Rede Acolhe em Alagoas desperta interesse de outros Estados

13/11/2015
O projeto pioneiro de acolhimento aos dependentes químicos realizado pela Rede Acolhe, cuja ação é desenvolvida pela Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev), tem chamado atenção de todo o Brasil. Somente em 2015, gestores de estados como Ceará e Rondônia visitaram Alagoas para ver de perto como funciona o trabalho que vem fazendo a diferença quando o assunto é assistência a usuários de drogas. Na quarta-feira (11), foi a vez do gerente de Políticas Públicas sobre Drogas de Anápolis, município distante 53 quilômetros de Goiânia, em Goiás, Petrônio Luís Gomes, conferir as ações do programa. Ele conheceu a instalação da Rede Acolhe, no bairro do Farol, e foi recepcionado pela gerente de Recuperação da Seprev, Rosemary da Silva. Gomes conheceu operacionalização da Rede que trabalha com equipes internas e externas, com destaque para o programa Anjos da Paz, que faz busca ativa de dependentes químicos em todo o estado. “O que mais me surpreendeu foi o uso da tecnologia para otimizar o acolhimento, o que torna o atendimento mais eficaz”, destacou o gerente durante a visita. Alagoas vira referência O programa conta com um sistema biométrico para acompanhar os acolhidos durante todo o processo de auxílio, que vai desde a etapa de prevenção, passando pela recuperação até a reinserção social após o acolhimento. Além disso, um call center por meio do número 0800 280 9390 fica disponível para toda a população que precisar do serviço. Ao todo, 33 comunidades acolhedoras mantêm convênio com o Governo de Alagoas, por meio da Seprev. Juntas, elas já receberam mais de 20 mil dependentes em 5 anos de existência. Petrônio Gomes ficou sabendo do trabalho realizado pelo Governo de Alagoas em um encontro com funcionários do Ministério da Justiça, em Brasília. A partir daí resolveu, então, buscar inspiração para ampliar as ações na área em seu município. “Em Anápolis temos um projeto chamado 'Crack: É Possível Vencer', no qual também buscamos atender, de forma humanizada, os usuários de drogas. O que chamou atenção e que seria interessante adotar lá a curto prazo foi a forma de pagamento de diária para a permanência do dependente na comunidade. Vejo que isso pode ser adaptado para realidade local”, emendou. A gerente de recuperação da Seprev, Rosemary da Silva, ficou lisonjeada com a presença do gestor goiano e disse que Alagoas é uma referência no acolhimento a dependentes químicos no Brasil. “Fico feliz em saber que estamos realizando um trabalho que está despertando atenção de outros gestores. Outro dia, vi umas fotos do programa adotado em Rondônia, inclusive com o mesmo nome do nosso. Isso é reflexo de um bom trabalho”, finalizou.