Geral
Intenção de Consumo continua em queda na capital alagoana
02/11/2015
Realidade alagoana
Em Maceió, embora a intenção de consumo das famílias esteja numa situação mais favorável do que no cenário nacional, desde fevereiro deste ano o indicador vem se deteriorando, configurando o oitavo mês consecutivo de queda em seu desempenho. A redução do consumo da capital já contabiliza uma variação negativa na ordem de 20,6% nos últimos doze meses e, entre outubro e setembro, uma variação negativa de 2,9%. E isto se configura numa tendência para os meses seguintes, com leve recuperação esperada no período natalino devido ao décimo terceiro salário de aposentados, servidores públicos e trabalhadores do mercado privado, o que deve quebrar, por um breve período, a tendência negativa. A persistente manutenção da redução na intenção de consumo das famílias afeta profundamente a cadeia final da economia (e também da indústria e agricultura). Os setores do comércio e de serviços veem essa retração aumentar as incertezas e, como consequência, reduzem investimentos, como a aquisição de mercadorias e insumos, e diminuem as possibilidades de novas contratações e, até mesmo, de preservar de manter o mesmo quadro de colaboradores. Somente em agosto, segundo os dados do Caged/MTE, os setores, em conjunto, demitiram 522 funcionários. Observado de janeiro a agosto deste ano, as demissões ultrapassam dois mil funcionários. “Vemos que as famílias começam a sentir o efeito destes desligamentos quando observamos os indicadores sobre o nível de segurança em relação do trabalho. Este indicador vem, a cada mês, perdendo força e, entre agosto e outubro de 2015, registrou uma retração de 8,7%. E a sensação de piora na renda já computa 103,3 pontos, o que indica uma perda na sensação de poder de compra”, explica Rocha. Os indicadores de percepção de facilidade de acesso ao crédito se retraíram 7,6% nesse trimestre (agosto, setembro e outubro). De acordo com a avaliação do Instituto Fecomércio, considerando que este indicador já se encontra abaixo dos 100 pontos, isso demonstra uma insatisfação das famílias quanto à taxa de juros praticada pelo mercado e a dificuldade de acesso ao mesmo, já que os bancos se tornam cada vez mais rigorosos para concessão do crédito em períodos de crises e incertezas. E como não seria diferente, se o crédito está mais difícil, a aquisição de bens duráveis (eletrodomésticos, smartphones, Tvs, geladeiras, etc.) também se torna um dos bens menos desejados para o consumo das famílias, muito devido a situação do país, o que é representado pelo indicador sobre o momento para o consumo desses bens que já está em 62 pontos. Dentre os entrevistados, 54,9% disseram ser um mau momento; 25,2% não souberam avaliar e apenas 16,9% afirmaram ser um bom momento.Últimas notícias
1