Levar água a quem mais precisa e dar bom uso a água do Canal do Sertão. Esse mantra, para o governador Renan Filho, foi repetido mais uma vez, nesta quinta-feira, 29, quando o presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Paraíba (Codevasf), Felipe Mendes, esteve no Palácio República dos Palmares e em conjunto decidiram que R$ 90 milhões, oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), serão destinados para a concretização de perímetros irrigados no município de Delmiro Gouveia. “Temos que dar a mínima condição para o pequeno produtor produzir. Vamos dar uso agrícola à água. É uma decisão de governo alinhar estes recursos do PAC para os perímetros irrigados, porque é extremamente importante para Alagoas”, justificou Renan Filho. Felipe Mendes apresentou projetos de irrigação desenvolvidos pela companhia, devidamente prontos, a espera, apenas, da liberação dos recursos pelo Governo Federal. O ponta pé inicial foi dado após o entendimento entre o governador Renan Filho e o presidente Felipe Mendes. “Entre os projetos apresentados, o que traz mais eficiência é o de Delmiro Gouveia”, esclareceu Mendes. A justificativa apresentada por todos é simples. Delmiro Gouveia tem 800 hectares de área irrigável pronta para ser utilizada por pequenos produtores de quatro assentamentos. São 682 lotes mistos (para uso de fruticultura, pastagens e outros tipos de cultura agrícola) que serão abastecidos por água bruta, sem tratamento. A execução da obra será de responsabilidade da companhia, que levará a água até a entrada dos assentamentos, já com pressão para o devido uso. A obra em si vai custar R$ 83 milhões, além de que, segundo o diretor Luis Augusto Fernandes, da Codevasf, o solo do município de Delmiro Gouveia é o que apresenta o maior índice de aproveitamento produtivo. De acordo com o governador alagoano, “é uma obra mais barata, entretanto vai beneficiar mais pessoas ”. “A Codevasf se sente parte desta engrenagem de desenvolvimento que vai levar água para aqueles que mais precisam, não apenas neste momento de crise, mas, sobretudo, porque vai levar subsistência”, pontuou o presidente da Codevasf Felipe Mendes.
