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Saiba como evitar o consumo de alimentos e bebidas inadequados na praia

28/10/2015
Ir à praia pode ser um risco à saúde, caso não sejam vistos detalhes nos alimentos que serão consumidos como: validade, conservação e higiene. Para evitar que o dia de lazer termine em um hospital, o gerente da Vigilância Sanitária Estadual, Paulo Bezerra, recomenda que sempre seja observado o estado de utilização dos equipamentos de proteção individual, banheiros de estabelecimentos e informações sobre a origem do produto. “O vendedor na praia utiliza uma roupa limpa? Está barbeado? Como está sua aparência? Cabelos cobertos? Unhas limpas? Usa luvas? A mão que entrega o alimento é a mesma que recebe o dinheiro? O nosso dinheiro é sete vezes mais contaminado que o de países mais desenvolvidos devido a um único fator: a falta do hábito de lavar as mãos”, falou o gerente da Vigilância Sanitária. Paulo Bezerra pede para que seja evitado o consumo de bebidas sem rótulos, ostras e alimentos fritos em óleo escuro. “Qualquer produto preparado a partir de um recipiente sem rótulo é um risco, pois se desconhece sua procedência. As ostras são crustáceos que filtram a água do mar, logo carregam muitas impurezas e precisam ser devidamente limpas, antes do consumo; como é difícil para o consumidor ter essa garantia, aconselho a não ingestão. E os óleos utilizados em frituras devem ter a cor amarela translúcida, caso contrário ele pode carregar substâncias cancerígenas”, informou. Sobre a conservação dos alimentos, o gerente indica que as esfirras, bolos, coxinhas e pastéis de forma sejam conservados em uma temperatura de 60° e nunca consumidos no dia seguinte. O churrasquinho, seja ele qual for, deve ser preparado na noite anterior, armazenado em recipiente refrigerado e servido em um espeto industrializado. “O queijo coalho deve ser sempre assado na hora, pois pode carregar muitos coliformes fecais e brucelose, uma doença crônica causada por bactérias que podem gerar infecção no organismo. O ovo de codorna e o amendoim precisam ser cozidos em água limpa no mesmo dia do consumo – preferência ao amendoim torrado. E o camarão deve estar guardado em sacos plásticos que possuam furinhos que permitam a troca de calor com o ambiente higiênico armazenado pelo vendedor”, disse Paulo Bezerra. Os sachês de maionese, mostarda e catchup são os mais indicados para o consumo, pois o molho está fora do contato com o ambiente e a fabricante segue os critérios impostos pela Vigilância Sanitária para a sua comercialização. Os picolés seguem a mesma ideia, visto que os caseiros não apresentam selos que comprovem a devida qualidade na produção. “Flaus e garrafinhas são um problema, sugiro evitar e consumir mais água, água de coco e sucos naturais”, pontuou o gerente. “E para beber o caldo de cana é preciso que antes confira se a cana está guardada em um local coberto e se o vendedor e a máquina seguem os padrões de higiene”, completou. Outra prática não muito incomum e que oferece perigo a saúde é beber líquidos com gelos inadequados. “O gelo em escama pode ser feito em água não potável, pois sua única função é gelar o alimento. O destinado ao consumo é o cilíndrico, que possui as informações do fabricante e até validade. Vale lembrar que ninguém limpa as garrafas e latas ao despejá-las no gelo, logo aquele gelo solto dentro de isopor e caixas térmicas é misturado às impurezas que estavam nas superfícies dos produtos, o que pode gerar também infecção em caso de consumo”, alertou. Dica da Vigilância Sanitária O gerente da Vigilância Sanitária pede que o consumidor observe as condições higiênicas do banheiro do estabelecimento, pois este pode dar pistas sobre as condições de higiene na cozinha. “É uma boa forma de o consumidor ter uma ideia de como o restaurante ou bar está sendo cuidado. Aos pais, eu peço que utilizem álcool em gel para limpar os assentos de sanitários antes de seus filhos sentarem, pois muitas doenças de pele são adquiridas daí. A todos, indico que lavem sempre as mãos e, se possível, utilize também álcool em gel”, disse Paulo Bezerra.