A pneumonia é a segunda causa de óbitos no Hospital Geral do Estado (HGE). Segundo levantamento feito pelo Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (Same), este ano já foram registrados 216 vítimas fatais da doença, número muito superior a 2012, por exemplo, quando apenas 89 óbitos foram registrados durante todo ano. No entanto, a Revista Brasileira de Terapia Intensiva (RBTI) informa que o problema é mundial e a equipe médica do HGE defende a rapidez no tratamento para a rápida retirada do paciente do ambiente hospitalar. O pneumologista Luiz Cláudio Bastos explica que a enfermidade é uma infecção que se instala nos pulmões. “Pessoas diabéticas, fumantes, dependentes químicos, imunodeprimidos, idosos, alcoólatras e com doenças neurológicas estão mais propensas a ter a doença. E pacientes com AVC , por necessitar de uma vigilância mais constante”, informou o médico Luiz Cláudio. Na UTI, o fisioterapeuta Gabriel Alves explica que a pneumonia está associada à ventilação mecânica (PAV) e o paciente se torna mais vulnerável à medida que aumenta o tempo de permanência na UTI, com uso de antimicrobianos. “Nosso serviço conta com um grande percentual desse tipo especifico de patologia. A pneumonia adquirida em ambiente hospitalar causa uma série de danos no percurso do paciente durante sua estadia no ambiente hospitalar, prolongando cada dia mais sua permanência no setor, levando-o muitas vezes a danos irreparáveis ou até mesmo o óbito. Em decorrência destes fatos, após o diagnóstico através de exames, a equipe de fisioterapia atua de forma imprescindível e segura, no ato de diminuir a taxa de infecção destes pacientes através do manuseio intenso e programado dos aparelhos que dão”, relatou o fisioterapeuta. Contudo, Gabriel Alves destaca o esforço de todos os profissionais para a retirada do doente da UTI com maior brevidade possível. “É assim que diminuiremos a contração de infecções do trato respiratório e consequências indesejadas. Hoje contamos com uma significativa diminuição da taxa de infecção das vias respiratórias devido a grande rotatividade dos pacientes da UTI. Em até dois dias de precocidade, estes pacientes estão fora do suporte ventilatório, isso de forma conjunta e sequencial com a participação de uma equipe multidisciplinar”. Ir à UTI não foi o caso de Josefa, mas ela entrou no hospital com muita tosse e dificuldade para respirar. “Porém encontrei profissionais muito bons, que souberam me atender e orientar. Agora espero o resultado do exame de sangue para descobrir o nível da minha infecção. Já quase não tusso. Espero poder voltar logo a minha rotina”, alegrou-se.