A Superintendência Municipal de Limpeza Urbana (Slum) é um dos órgãos da Prefeitura de Maceió que já garantiram apoio à idealização do Projeto Ubuntu, uma iniciativa pioneira do Instituto Lagoa Viva que buscará recuperar a fauna e a flora das localidades circunvizinhas à Laguna Mundaú. O projeto piloto, que será executado inicialmente no bairro Pontal da Barra e ilhas próximas à região, foi apresentado à comunidade local e aos representantes da Slum, em reunião realizada nesta quinta-feira (15), na Escola Municipal Silvestre Péricles. O Ubuntu será baseado nos eixos de pesquisa, gestão e conscientização em prol da preservação do meio ambiente. Entre as primeiras ações propostas estão o desassoreamento da laguna, a limpeza por meio de mutirões em toda a região, a capacitação técnica de jovens e pescadores locais em educação ambiental para que possam atuar no projeto, a conservação da biodiversidade, a instalação de tanques-redes para recuperar a fauna marítima e a formação da Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida (Com-Vida), que terá o papel de envolver a comunidade escolar e a população. A coordenadora de Controle Ambiental da Slum, Rita Araújo, participou da reunião e, após a apresentação, destacou que o projeto é uma iniciativa pioneira de grande importância por integrar diversas ações em vários eixos. Segundo explicou a profissional, a participação dos agentes do órgão será por meio da educação ambiental, com a sensibilização da população ribeirinha em relação à conservação e para evitar o descarte de resíduos, além do recolhimento do lixo que fica às margens da laguna em decorrência da ação dos próprios moradores da região. “É com a educação ambiental que iremos ajudar a impedir que o lixo continue agredindo o meio ambiente nessa região, além de prejudicar a população. Esse é um trabalho que já é feito pela Slum, mas agora será ampliado em apoio ao Projeto Ubuntu, com a integração de órgãos importantes que irão atuar nestas ações”, disse Rita Araújo, que participou da reunião acompanhada de educadores ambientais da Superintendência. Além da Slum, a Prefeitura de Maceió será representada na iniciativa com a participação de equipes das secretarias municipais de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma) e de Educação (Semed). O Projeto também já conta com o apoio do Batalhão Ambiental da Polícia Militar, do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA), do Ibama, da Marinha Brasileira, da Associação dos Moradores e Amigos do Pontal da Barra (Amapo), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), da Braskem e da Federação Alagoana e da Colônia de Pescadores do Pontal da Barra. A presidente do Instituto Lagoa Viva, Lenice Moraes, ressaltou a importância das parcerias firmadas para o projeto. “Isto representa um avanço muito grande para a sociedade. Antes não havia essa junção, as pessoas entendiam que deveriam fazer tudo sozinhas. Agora, com essas parcerias com a população, órgãos públicos e iniciativa privada, o projeto pode crescer e acontecer”, disse ela, ressaltando que o Lagoa Viva trabalha a educação ambiental há 14 anos. A apresentação do projeto foi feita por Fábio Weber, que também integra o Instituto. Ele reforçou a necessidade das parcerias para a idealização do Ubuntu. “A gente percebe que o anseio de preservação é de todos. Quando juntamos essas forças, abrimos um leque de possibilidades, com as riquezas de cada parceiro. Isso facilita a viabilização do projeto. Os órgãos municipais são realmente muito importantes para o projeto, são alicerces que não podemos dispensar”, disse. Weber também explicou o significado de Ubuntu. Segundo ele, esta é uma palavra de origem africana que representa uma filosofia referente à humanidade com os outros. Para os africanos, Ubuntu é a capacidade humana de compreender, aceitar e tratar bem o outro, uma ideia semelhante a de amor ao próximo. No caso do projeto, a ideia é sensibilizar a população sobre os cuidados com o meio ambiente. Para saber mais sobre o trabalho desenvolvido pelo Instituto Lagoa Viva, basta acessar o link http://institutolagoaviva.org/
