Criado com o objetivo de discutir a assistência materno-infantil e a operacionalização da Rede Cegonha em Alagoas, o Fórum Perinatal realizou nesta quarta-feira (23), no auditório da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), seu encontro mensal. Na ocasião, foi discutida a importância do preenchimento correto da Declaração de Nascidos Vivos nas maternidades como forma de obter dados concretos para formulação de políticas públicas. Além disso, o grupo Arapiraca Garante a Primeira Infância (Agapi) apresentou o projeto piloto que vem realizando na cidade, voltado para o bem-estar físico, mental e social da criança de até 6 anos de idade, da mulher e da família. Ney Guedes, da Coordenação de Sistema de Informação da SMS, ressaltou a importância da qualificação de banco de dados de hospitais e maternidades. “O Sistema de Informação de Nascidos Vivos (Sinasc) é uma iniciativa do Ministério da Saúde e busca melhorar o registro de informações sobre nascidos vivos no Município no referido ano, para que o gestor tenha uma base sólida para tomar decisões. O que vem acontecendo, infelizmente, é o preenchimento incorreto dessas fichas por parte de maternidades e hospitais, o que dificulta tanto o registro quanto a formulação de políticas”, afirmou. Já Suzângela Dórea, coordenadora da Rede Cegonha no Município, destacou que as maternidades e hospitais devem estar atentos a esse preenchimento correto. “É no banco de dados que buscamos informações para as contratualizações, para o repasse de verbas. Então, se esses dados estão inconsistentes, a verba não será repassada e elas perdem recursos”, frisou a coordenadora. Logo em seguida, Gineide Castro, coordenadora do projeto “Arapiraca Garante a Primeira Infância”, apresentou para os profissionais de saúde o que vem sendo realizado na cidade de Arapiraca com o intuito de garantir o bem-estar físico, mental e social de crianças de até 6 anos, mães e famílias. “Trabalhamos com três eixos, o de políticas públicas de qualidade de vida, o de fortalecimento das bases familiares para o desenvolvimento da criança e o de comunidade, espaço e convivência para o crescimento da criança. Para isso, contamos com 17 equipes de estratégia e saúde da família que atuam em 10 territórios e atendem 19.458 famílias”, explicou Gineide Castro, coordenadora do projeto Agapi. O projeto é uma política pública municipal articulada e que por meio da instituição de uma Comissão Técnica Intersetorial, capacita periodicamente profissionais das unidades básicas de saúde envolvidas na assistência e no cuidado, promovendo, cuidados com a saúde de gestantes e bebês, como pré-natal, aleitamento materno e vacinas. O trabalho também inclui ações voltadas para evitar acidentes domésticos, impedir que a criança seja exposta à violência e reforçar hábitos de higiene, entre outros cuidados, cujas competências familiares são preconizadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).