Geral
Fecomércio realiza palestras sobre como enfrentar os desafios da crise
24/09/2015
Cinco ações
O especialista em gestão César Souza iniciou a palestra falando da própria experiência. Atuando há 40 anos como consultor, sua cartela de clientes inclui desde pequenas a grandes empresas, variedade que fez com que Souza “adquirisse uma certa sensibilidade para tratar sobre vários negócios”, conforme disse. Para o consultor, os empresários não podem ficar parado culpando o governo, mas sim focar no seu negócio. De fato, o cenário econômico não passa por um bom momento: a inflação cresce, o PIB apresenta baixa taxa, a confiança dos investidores diminui e o grau de otimismo dos consumidores recua. Porém, mesmo diante deste contexto, as empresas têm como desafios aumentar suas receitas e clientes, reduzir custos de forma a manter a eficiência operacional, diminuir os riscos e identificar oportunidades. Abordando o tema da palestra, César pontuou cada uma das cinco ações que os empresários podem adotar no enfrentamento da crise. A primeira é ‘estar mais próximo possível do cliente’, ficar atendo às necessidades deles. Para o especialista, algumas empresas equivocadamente cortam verbas publicitárias e proíbem viagens de vendedores para contatos pessoais com clientes, acreditando que assim reduziram custos durante a crise. “Este não é o momento para essas decisões, pois elas fatalmente acabam distanciando a empresa dos clientes. A hora agora é de colocar o cliente no centro de tudo, perceber o que ele precisa e se questionar: será que eu conheço o cliente como deveria conhecer?”, analisou. Essa interação com o cliente é muito importante, pois ele compra mais que um produto; compra confiança, relacionamento, personalização, transparência e benefício do uso; daí a importância de saber conquistá-lo e tratá-lo da forma como merecem. Para dar uma ideia disso, o palestrante apresentou dados da pesquisa High Performance in the Age of Customer, da ACCENTURE. Segundo o levantamento, os clientes deixam de comprar na loja pelas seguintes razões: 1% devido à morte do consumidor, 3% por conta da mudança de endereço, 5% mudam de expectativa, 9% devido ao preço, 14% por causa da qualidade dos produtos e a maioria, 68%, por conta de um atendimento inadequado. A segunda ação é ‘comprometer as pessoas’, ou seja, mobilizar e integrar a equipe. Para o especialista, em tempos de crise é preciso estimular os colaboradores a desempenhar múltiplas tarefas, focar no bom atendimento, integras as diversas áreas de atuação, avaliar o desempenho e capacitar substitutos e sucessores. A terceira ação é promover a ‘redução inteligente de custos’. “Há empresas que, em épocas de crise, realizam demissões visando a redução de custos. Mas a empresa vai gastar para demitir e, quando a economia estabilizar, gastar para recontratar. Onde está a economia? Os custos continuarão os mesmos”, considerou César, acrescentando que a redução inteligente refere-se aos custos ocultos, que são os desperdícios, as compras desnecessárias, a perda de tempo, o retrabalho, a duplicidade de tarefas, o endividamento e a falta de programação financeira. Já a quarta ação é ‘pensar fora da caixa’, isto é, inovar e agregar valor ao produto ou serviço oferecido. “Preço é o que você paga e valor o que você recebe. Quando o valor é superior ao preço, o cliente faz a boa propaganda, mas quando é inferior, a propaganda será negativa. O que você está oferecendo?”, questionou à plateia, enfatizando que ter preço competitivo é obrigação de toda empresa, sendo a satisfação o diferencial a ser oferecido aos consumidores. ‘Se cuidar’ é a quinta ação sugerida por César Souza e isso é feito por meio da auto gestão, buscando o equilíbrio entre os negócios, a saúde, a família, a vida espiritual e a participação na comunidade a qual pertence, além de vivenciar a coerência entre o que se fala e o que se faz.Últimas notícias
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