Uma nova oportunidade para recomeçar a vida através da arte. Esse é o sonho de muitos reeducandos que cometerem crimes no passado e hoje cumprem suas penas. Nas oficinas da Fábrica da Esperança, no sistema prisional, esse sonho pode ser concretizado. Lá os custodiados desenvolvem seu talento que mais tarde será exposto no Projeto Ressurgir, antigo Graúna. A iniciativa da Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris), por meio da gerência de Educação, Produção e Laboterapia, propicia condições para o custodiado buscar a profissionalização, participando de oficinas de filé, pintura, marcenaria, corte e costura, dentre outros ofícios. Essas ações são fundamentais para o processo de reintegração social. As obras artísticas criadas no sistema prisional são comercializadas em feiras de exposição que fazem parte do Projeto Ressurgir. Aqueles que tiverem interesse podem conferir os trabalhos na Agência Central dos Correios de Maceió, rua do Sol, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, e na área fechada da orla da Ponta Verde, aos domingos, entre 8h e 13h. Esse último espaço ainda conta com apresentações musicais da Banda da PM. Dentre os produtos expostos e comercializados existem jogos de dama, xadrez e gamão, caixas para jóias, bijuterias e porta treco, objetos de decoração e enfeites de mesa, roupas e acessórios diversos. Mais de 10% dos reeducandos do sistema prisional trabalham nas oficinas da Fábrica da Esperança e têm direito a remissão de pena, conforme prevê a Lei de Execução Penal. A gerente de Educação, Produção e Laboterapia da Seris, Andréa Rodrigues, afirma que as parcerias com os órgãos públicos e privados são essenciais para disseminar as ações de reintegração social. “A profissionalização dos custodiados representa um fator importante no processo ressocializador e deve ser disseminado. Buscamos desmistificar a ideia de presídio como uma unidade de isolamento, mostrando o trabalho realizado", disse a gerente. O valor arrecadado com a venda dos produtos do Fábrica da Esperança são direcionados ao Fundo Penitenciário. Esses recursos são destinados a investimentos em obras no sistema prisional e manutenção de equipamentos nas oficinas de laborterapia.
