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Miguelense lançará livro sobre São Miguel dos Campos, na próxima quarta-feira, 23

21/09/2015
O escritor miguelense, Antônio Valentim, lançará na próxima quarta-feira (23), o livro "São Miguel dos Campos - seu rio e sua história", em comemoração aos 151 anos de Emancipação Política do município e aos 514 anos da descoberta do Rio São Miguel. O lançamento ocorrerá no auditório do Fórum Desembargador Moura Castro, a partir das 19h. Segue abaixo um texto de Valentim, um pouco do que pode ser encontrado no livro: São passados 514 anos do descobrimento do Rio São Miguel. O rio foi um ponto de orientação dos bandeirantes, que perlongaram as duas margens até sua nascente, nas fraldas da serra do Mar Vermelho, dos Campos dos Arrozais de Inhauns (hoje, Mar Vermelho, Anadia e Marechal Deodoro). No início, os exploradores desembarcaram e seguiram por diversos pontos, estabelecendo à passagem do rio São Miguel, o qual foi batizado de acordo com o calendário Litúrgico da Santa Igreja Católica. O rio São Miguel era navegável, suas margens eram ocupadas pelos índios Sinambys que, por decorrência de várias mutações, tornaram-se índios Caetés. O topônimo Campos dos Arrozais de Inhauns, bastante sugestivo na época, devido várias etnias em diversos vilarejos ou pequenos povoados, os quais se formaram em consequência dos que vieram descobrir o Brasil em 1501. Assim se desenvolveu o município de São Miguel dos Campos formado por um grande território, que anos depois foi perdendo a imensidão de suas terras, em virtude da formação de vários outros municípios. Analisando os fatos e segundo Cícero Péricles de Carvalho, tudo leva a crer que São Miguel dos Campos foi o quinto foco de povoação das Alagoas. Contudo, o historiador Manoel Diegues Júnior, em um livro Banguês nas Alagoas, faz uma citação que em 1606, já residia em São Miguel, os nababos João da Rocha Vicente e Sebastião da Rocha Dantas. Depois de vinte e sete anos, em 1633, o mercante Antonio Barbalho Feio, implantou o primeiro Engenho Banguês, nas margens do rio São Miguel (nas proximidade da Usina Caeté). E o engenho Sinimbu (atual fazenda Sinimbu) foi passado de mão em mão até chegar ao domínio de Vieira Dantas, pai do ilustre estadista do Império Republicano, Visconde de Sinimbu, o grandioso poliglota alagoano. Espera-se que, no futuro muito próximo, a juventude que germina na sociedade miguelense, exerça a sua cidadania, na luta e defesa das terras dos Caetés. E que busquem promissores dias para nossa terra: A princesa dos Campos dos Arrozais de Inhauns! Parabéns, São Miguel dos Campos, pelo seu aniversário de 151 anos de sua independência!