“Tia, a senhora sabe o meu nome ainda”? Perguntou uma das crianças da sala da educadora social Cleide Souza, com faixa etária entre 6 e 8 anos, ao reencontrar a equipe do Biblioencanta, que retomou as atividades no Lar São Domingos nesta sexta-feira (18). Animados com a retomada do projeto, os acadêmicos de Biblioteconomia iniciaram os seus trabalhos perguntando a mesma coisa aos meninos, reunidos na Biblioteca Arco-íris das Letras. Segundo a coordenadora do projeto de extensão da Universidade Federal de Alagoas, Adriana Lourenço, eles pediram autorização ao comando local de greve, que liberou a continuidade de todos os projetos que já estavam programados para o segundo semestre. Ela informou que, diferente do primeiro semestre, em que foram trabalhados os gêneros literários, nesta segunda faze do projeto Biblioencanta o grupo vai trabalhar os temas transversais da história. Nos dois primeiros encontros, o gosto pela leitura será o tema central das atividades. Depois virão amizade e obediência, entre outros. “São histórias de literatura infantil que, direta ou indiretamente, trabalham a temática escolhida. Com a Branca de Neve, por exemplo, podemos trabalhar a obediência, porque ela abriu a porta para a bruxa, desobedecendo a ordem dos anões”, explicou Lourenço. Para trabalhar o tema “gostar de ler”, os estudantes fizeram a contação da obra “A Menina Que Odiava Livros”, da indiana Manjusha Pawagi – uma obra que tem feito muito sucesso junto ao público infantil e já foi traduzida para 11 idiomas. Na sequência, as crianças foram divididas em grupo para formar frases contidas no livro e depois, acompanhadas dos acadêmicos, confeccionarem o próprio livro, inspiradas na estória que ouviram. Feliz com a retomada do projeto, a coordenadora pedagógica do Lar São Domingos, Liliane Araújo, disse que as crianças desenvolveram bastante o gosto pela leitura após a intervenção do Biblioencanta. “Hoje, eles trouxeram uma caixa com trinta livros para colocar na sala dessas crianças. No próximo encontro, eles vão debater com elas as histórias que tiverem sido lidas”, declarou, animada, a coordenadora.
