Como forma de protesto, a prefeitura de Anadia fechou suas portas nesta segunda-feira (14). O descaso com o qual o Governo Federal vem tratando os municípios foi o que motivou essa ação que atinge maioria das prefeituras do país. A queda brusca nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), maior fonte de recurso das pequenas cidades também foi um dos motivos para a paralisação. A greve segue até o próximo dia 18. O prefeito Paulo Dâmaso criticou a atual política dos governo federal, que repassa para os municípios a obrigação de manter os serviços básicos destinando cada vez menos recursos para o rateio das despesas. “ Paralisamos toda a parte administrativa. A prefeitura para manter a saúde e programas do Governo da área desembolsa em média mensalmente R$63.801,71, do recurso livre, isso apenas na área da saúde e sendo destinado a despesa de pessoal.Nos passam obrigações e não nos dão as ferramentas. As secretarias de Agricultura, Obras, Administração também são totalmente dependentes do FPM, no caso do repasse do duodécimo da câmara municipal que é R$103.292,70, no dia 20 de Agosto chegou para o município R$84.195,13. O município "completou" esse repasse com R$19.097,57", ressaltou. Apesar da limitação dos recursos, a prefeitura de Anadia assegura que não vai deixar de prestar à população o atendimento de qualidade que ela merece. Serviços de urgência e emergência estarão funcionando. Recolhimento de lixo continuará normalmente. Já os PSFs estarão abertos até às 12hs. O presidente da AMA, Marcelo Beltrão informou para os demais gestores que o Ministério Público apoia a iniciativa dos prefeitos, desde que mantidos os serviços essenciais.
