Esporte
Ação no Osman Loureiro une esporte e informação para proteger juventude do cigarro eletrônico

Bruna Motta
Respirar é um ato tão automático que só se percebe sua importância quando se torna difícil. Essa realidade, vivida por vítimas de doenças causadas pelo cigarro eletrônico, será o ponto de partida para um evento que acontece neste sábado (16), voltado para conscientizar crianças e adolescentes sobre os riscos do uso desses dispositivos. A iniciativa é promovida pela Prefeitura de Maceió, por meio das Secretarias Municipais de Saúde (SMS), Juventude e Lazer (SEJL) e Esporte (Semesp), e acontecerá na Praça Osman Loureiro, no bairro do Clima Bom, a partir das 9h.
A programação inclui uma roda de conversa conduzida por especialista das pastas, que levará informações sobre os danos a curto e longo prazo provocados pelos cigarros eletrônicos e a dependência que eles causam. Também haverá um quiz interativo com distribuição de brindes e um amistoso de futebol entre as crianças presentes.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) salienta que todas as formas de tabaco são prejudiciais e não existe um nível seguro de exposição. No uso desses eletrônicos, diversas doenças podem se tornar uma realidade para os adeptos, desde sintomas respiratórios leves, pneumotórax espontâneo - que seria uma presença de ar na membrana interna do tórax - , até à insuficiência respiratória, condição que compromete a absorção de oxigênio pelo organismo, causada pelo uso de cigarros eletrônicos durante dois anos.
Uma pesquisa do Instituto do Coração (InCor) aponta que usuários frequentes desses dispositivos podem ter até seis vezes mais nicotina no sangue do que fumantes de um maço de cigarro tradicional por dia, durante 25 anos. De acordo com um estudo da Universidade Federal de São Paulo, um em cada nove adolescentes brasileiros afirma usar o cigarro eletrônico.
A ação ocorre poucos dias após a Vigilância Sanitária Municipal e o Procon Maceió, em parceria com outros órgãos, apreenderem mais de 670 caixas de cigarros eletrônicos em estabelecimentos da capital. Apesar de proibida pela Anvisa desde 2009, a comercialização desses produtos continua sendo registrada em bancas, lojas e na internet.
Para o secretário de Esporte, Francisco Nascimento (Chicão), o evento é essencial para proteger a juventude. “Queremos que nossos jovens conheçam a verdade sobre o que estão inalando. A informação é a melhor forma de prevenção, e ouvir relatos reais pode mudar decisões para sempre”, afirmou.