Lionel Scaloni foi catapultado a treinador da seleção principal da Argentina em agosto de 2018, quando trabalhava com o Sub-17. Na ocasião, a Associação de Futebol Argentino (AFA) estava tendo dificuldade para encontrar profissionais dispostos a assumir o posto, bem como Lionel Messi anunciando que não gostaria mais de defender o seu país.

Aos 40 anos, Scaloni não possuía experiência como treinador profissional. Após se aposentar como jogador em 2015, ele se uniu à comissão técnica de Jorge Sampaoli no Sevilla em 2016. Ele continuou trabalhando com Sampaoli quando ele assumiu a seleção para a Copa da Rússia, em 2018.

Com a queda no Mundial da Rússia, a AFA teve propostas recusadas por Diego Simeone, Marcelo Gallardo e Mauricio Pochettino. Sem nomes de peso, Scaloni foi anunciado como interino até que pudessem achar um treinador permanente. “Ele não pode nem mesmo dirigir o tráfego, como vai dirigir a seleção. Será que ficamos todos loucos?”, disse Maradona em 2018.

Com a nova função, Scaloni convocou seus antigos companheiros de clube Pablo Aimar, Walter Samuel e Roberto Ayala como assistentes. A nova comissão técnica engatou um projeto de renovação e venceu quatro dos primeiros seis jogos sem contar com Messi. No entanto, ele também teve um papel importante na volta do craque após oito meses de ‘descanso’.

Após a derrota para o Brasil na Copa América de 2019, a seleção argentina não perdeu mais e emendou uma campanha invicta de 36 jogos, incluindo uma vitória por 1 x 0 contra os brasileiros na final da Copa América de 2021, para conquistar seu primeiro grande título em 28 anos.

“Tento não me emocionar, mas é difícil porque estou no lugar dos sonhos de qualquer argentino. Representar meu país é uma coisa emocional”, disse Scaloni depois que a Argentina goleou a Croácia na semifinal da Copa do Mundo.

Vale salientar que Scaloni também realizou mudanças essenciais na sua equipe para se ajustar aos adversários no decorrer da Copa do Mundo, colocando os jovens Enzo Fernández e Julián Alvárez, que fizeram a diferença. Neste domingo, a Copa 2022 chega ao fim com uma vitória ou uma derrota para o treinador argentino, mas a sua história não deve ser medida somente por um jogo.

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